“Back to Plastic” (De volta ao plástico). Assim o presidente Donald Trump arrematou seu anúncio de que, em mais uma mostra de apoio às indústrias do petróleo e petroquímica, apoiadoras de sua eleição, vai revogar as restrições baixadas por seu antecessor Joe Biden quanto ao uso de canudos plásticos, conforme noticiou em 7/2 o site Plastic News. O artigo adiantou que Trump oficializa a decisão até 16/2, mas a prática demonstra que a pontualidade não tem sido um ponto forte da agenda do novo mandatário na Casa Branca. Também não ficou claro se o anúncio também reabilita outros plásticos de uso único não recomendados nas compras do poder público, como registrava relatório divulgado em julho de 2024, mas não implementado, na administração do antecessor Joe Biden, em reverência ao eleitorado ambientalista.
Ao dar o dito e redito por Biden como não dito, Trump abriu um novo começo para os plásticos, um material de múltiplas aplicações, em regra a melhor opção disponível e sustentável, ainda por cima, interpretação trombeteada em release sobre o gesto do presidente pela entidade Plastics Industry Association. Segundo a matéria de Plastics News, pelo menos um grupo ambientalista continua a pressionar o governo norte-americano para desencorajá-lo de consumir plásticos de uso único. Judith Enk, presidente da organização em foco, argumenta que plásticos reutilizáveis consomem menos dinheiro da arrecadação de impostos do que plásticos descartáveis. Em contrapartida, o anúncio de Donald Trump levou a área de plásticos da entidade American Chemicals Council a alardear na mídia a disposição de trabalhar com o governo na prospecção de inovações em plásticos e no crescimento de postos de trabalho na manufatura do material. No embalo, Ross Eisenberg, presidente da organização America´s Plastic Makers salientou na mídia que a importância dos plásticos extrapola de longe as vantagens dos canudos. “Plásticos são essenciais a praticamente todos os setores da economia, amparando as atividades de transformação, inovação e geração de empregos para cerca de 700.000 americanos”.
