Alinhados com a economia circular, os sistemas de preços e regulamentações caminham para vetar, legal ou financeiramente, qualquer proposta ou produto capaz de afrontar o controle ambiental. Desse modo, o aval da sustentabilidade se tornará o único padrão para a manufatura e serviços. Na linha de frente da indústria petroquímica mundial, a Braskem, nº1 na produção de termoplásticos no continente americano, age como um motor turbo dessa evolução, transpondo para a prática, mediante investimentos contínuos há quase 20 anos, o seu engajamento na circularidade. O recém-lançado plano de metas a serem cumpridas até 2050 reforça esse empenho da empresa ao arregimentar toda a sua cadeia para solucionar a gestão de resíduos plásticos.
O novo compromisso de alcançar a neutralidade do carbono nos próximos 30 anos cintila em várias frentes. Uma das mais relevantes refere-se a materiais de perfil sustentável como no portfólio de I’m green™, criado pela Braskem há 10 anos, e que agora, além de produtos renováveis, inclui também produtos reciclados. A meta é, até 2025, ampliar este portfólio de I’m green™ para incluir 300 mil toneladas de resinas termoplásticas e produtos químicos com conteúdo reciclado; e, até 2030, 1 milhão de toneladas destes produtos.
O portfólio I’m green™ aflorou em 2010, quando a Braskem partiu, em seu complexo no Rio Grande do Sul, uma capacidade de 200.000 t/a de polietilenos derivados de uma fonte renovável, o etanol extraído da cana de açúcar, caracterizando assim uma rota alcoolquímica. Em pouco tempo, os grades de I’m green™ obtiveram penetração mundial em embalagens flexíveis e rígidas convencionais e premium, à sombra do chamariz de sua sustentabilidade e de sua condição de termoplásticos únicos no gênero, pois a Braskem permanece sem seguidores na produção do material. Hoje em dia, além desses polietilenos de fonte limpa e renovável presentes em mais de 200 marcas, o catálogo de I’m green™ alinha resinas pós-consumo recicladas, já presentes em aplicações como tampas de cosméticos, recipientes de produtos de limpeza ou componentes injetados de lavadoras de roupa. Apenas em 2019, a Braskem agregou seis novos grades de poliolefinas recuperadas à série I’m green™ e comercializou 1.650 toneladas dessas resinas descartadas e coletadas para reciclagem.
Em seu novo plano de metas, a Braskem irá trabalhar para, até 2030, evitar que 1,5 milhão de toneladas de resíduos plásticos sejam enviados para incineração, aterros, ou descartados inadequadamente no meio ambiente. No mesmo período, a empresa se compromete a diminuir em 15% suas emissões de gases de efeito estufa.
Um provérbio africano diz: “Se quiser ir rápido, vá sozinho; se quiser ir longe, vá em grupo”. A estratégia de economia circular da Braskem demonstra que ela quer chegar longe e rápido, no pique hoje cobrado pela busca de conciliação da integridade ecológica com o crescimento econômico. Para isso, o atalho enxergado pela empresa é o incremento do trabalho já em curso de parcerias em negócios, inovação e tecnologia em todos os rincões do universo do plástico. Fala por si, por exemplo, a iniciativa “Desafio de Design”. Ela reúne designers voltados para o desenvolvimento de inovadoras embalagens sustentáveis para grandes indústrias finais. Na mesma trilha, chama a atenção a plataforma de empreendedorismo “Braskem Labs”, talhada para atrair e impulsionar visionários que garimpem na química ou no plástico soluções socioambientais de impacto. Por sinal, a sensibilização da sociedade para os princípios da economia circular inspirou a Braskem a criar a rede on-line “Edukatu”, focada no ensino e estímulo ao consumo e pós-consumo conscientes, endereçados a professores e alunos do ensino fundamental.
O rol de ações articuladas pela Braskem para cumprir seu plano de voo rumo à neutralidade de carbono também abre espaço, na linha de frente, para a primeira aparição da empresa na etapa de coleta e triagem de poliolefinas pós-consumo destinadas à reciclagem, evitando o condenável descarte de resíduos plásticos domiciliares em aterros. A Braskem firmou com a Tecipar Engenharia e Meio Ambiente um acordo para recolher resíduos plásticos domiciliares em Barueri (município mencionado no material de divulgação) e Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo. Desde agosto último, o material coletado é despejado no aterro da Tecipar em Santana de Parnaíba, equipado com usina de triagem dos refugos na qual são identificados polietileno e polipropileno pós-consumo, resíduos adquiridos pela Braskem e por ela repassados a recicladores parceiros. Ainda nos meandros da cadeia da reciclagem, a empresa se empenha, através do programa Ser+, em prol da inclusão social e melhora do padrão de vida de mais de 61.000 pessoas, entre catadores autônomos e integrados a cooperativas.
Não há petroquímica formadora de opinião global que, em devoção à economia circular, hoje não se debruce sobre a viabilidade da reciclagem química de plásticos, como via de reaproveitamento de resíduos plásticos com a tradicional reciclagem mecânica. A Braskem aposta fichas no desenvolvimento de um processo a quatro mãos com a comunidade científica brasileira e voltado ao aprimoramento de catalisadores destinados à reciclagem química. Orçado em R$ 2,7 milhões, este projeto revigorante para a pesquisa nacional para otimização de catalisadores para a reciclagem química, hoje envolve o alinhamento tecnológico da Braskem com o Laboratório de Engenharia de Polímeros da COPPE/UFRJ, o instituto SENAI de Inovação em Biosintética e Fibras e a Fábrica Carioca de Catalisadores.
A economia circular preconiza que agir de acordo com valores sustentáveis assegura a continuidade da existência do mundo natural e da evolução do padrão de vida da humanidade. Com seu novo plano de neutralidade de carbono, a Braskem já conjuga esse futuro no presente.