Brasil: a performance dos EUA, China e Argentina nas resinas importadas

Polímeros americanos predominaram nos desembarques em 2024
Brasil: a performance dos EUA, China e Argentina nas resinas importadas

EUA, China e Argentina formam entre os principais agentes das mudanças em curso na petroquímica mundial. A América do Norte, possuidora do gás natural mais barato do planeta, hoje se impõe como formadora de preço e opinião do petróleo a termoplásticos, em especial polietileno. Por seu turno, a China tem participado e agravado o excedente global de resinas, por meio de refinarias de nafta diretamente integradas a plantas petroquímicas atualizadas e de escala mundial. Evidente que, ao contrário de EUA e China, a Argentina não tem porte produtivo nem matéria-prima e demanda para influir no quadro mundial do setor. No entanto, várias ações de espírito liberal empreendidas pelo presidente Javier Milei, têm contribuído para abrir a economia do país e reformular o convívio e comércio com os Hemisfério Norte e demais países no Cone Sul, região que tende a se firmar entre os principais canais de desova para o excedente global de polímeros. Antenada nesses indicadores, a Associação Brasileira da Indústria Química ( Abiquim) rastreou como as importações dos EUA, China e Argentina participam dos volumes desembarcados no Brasil em 2024.

No cercado de PP, os EUA remeteram ao Brasil 12.486 toneladas em 2024 versus 25.495 em 2023. Em PVC, as exportações norte-americanas para o Brasil somaram 127.668 toneladas no ano passado. Bem acima das 82.985 desembarcadas no período anterior. Em PEAD, por sua vez,478.182 toneladas da resina dos EUA foram internadas por aqui contra 269.079 um ano antes. Na seara de PEBD e PEBDL, os EUA internaram no Brasil 386.487 toneladas em 2024, bem mais que as 289.533 aferidas no exercício anterior. Por fim, os EUA remeteram ao Brasi em 2024 o total de 525.051 toneladas de copolímeros de etileno e alfa-olefina, à frente das 349.697 desembarcadas no Brasil em 2023.

O balanço da China é bem mais modesto. No tocante a PP, 115.728 toneladas da resina chinesa foram internadas no Brasil em 2024 contra 45.856 no período anterior. Em relação a PVC, vieram para o mercado brasileiro apenas 1.646 toneladas do vinil chinês no último exercício, versus 4.626 internadas em 2023. No terreno dos polietilenos, a China remeteu para cá 6.749 toneladas do grade de alta densidade (PEAD) em 2024 contra 5.495 no ano anterior. Na raia de PEBD e PEBDL, foram desembarcadas no Brasil 689 toneladas no ano passado, à frente das 1.021 do período precedente. O rol de materiais na categoria dos PEs fecha com os copolímeros de etileno e alfa-olefina. Vieram da China 24 toneladas para o Brasil em 2024 contra 112 um ano antes.

Maior cliente externo da petroquímica brasileira, a Argentina remeteu para cá 99.490 toneladas de PP em 2024, um salto alto no comparativo com as 44.718 desembarcadas em 2023. Em PET, a Argentina despachou para o mercado brasileiro 5.461 toneladas, acima das 3.753 aferidas em 2023. Os volumes são mais expressivos no compartimento de PVC. No ano passado, a planta da Unipar remeteu da Argentina 65.092 toneladas do vinil, enquanto 36.809 foram desembarcadas no exercício precedente. Quanto a PS, a Argentina despachou 18 toneladas no passado para cá e 75 no período anterior. Na trincheira dos PEs, a cargo do complexo da Dow, foram internadas 74.923 toneladas da resina argentina de alta densidade em 2024 contra 77.020 em 2023. No âmbito de PEBD e PEBDL, vieram da Argentina ao Brasil 50.860 toneladas em 2024 contra 39.314 do balanço anterior. Por fim, a Argentina exportou para o Brasil 83.187 toneladas de copolímeros de etileno e alfa-olefina em 2024, de leve abaixo das 92.974 toneladas rastreadas em 2023.

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