Alinhada entre as lideranças em poliolefinas da petroquímica europeia, com três unidades de reciclagem no continente e atuação extensiva a 120 países, Brasil incluso com planta de composto, a austríaca Borealis formalizou em 30 de junho a aquisição de um concorrente, a componedora italiana Rialti. O montante do investimento não foi divulgado, mas a transação constitui, ao lado de movimentos iniciados na década passada, a exemplo da construção de unidades próprias ou compras de fábricas de terceiros, para sedimentar a massa crítica de renome mundial hoje desfrutada pela Borealis em termos de reciclagem química e mecânica de poliolefinas pós-consumo e na concepção de soluções com materiais de fontes renováveis. A incorporação da Rialti, como deixa claro o release a respeito, também espelha este comprometimento sublinhado pela Borealis com a meta de chegar a 2030 produzindo 1,8 milhão de t/a de materiais circulares obtidos de uma manufatura 100% movida a energia sem dependência de fonte fóssil. Com boa parte da nata de montadoras europeias em sua carteira de clientes, a Rialti, com mais de 30 anos de estrada, opera em Varese, na região da Lombardia, norte da Itália, uma fábrica com potencial para gerar 50.000 t/a de compostos de PP para injeção e extrusão distribuídos em seis famílias, uma delas a cargo da resina reciclada a partir de aparas industriais.
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