BOPET: negado antidumping para Peru e Bahrein
O Brasil escapou por um fio de ser praticamente alijado do comércio internacional de filmes biorientados de poliéster (BOPET). Atendendo a pedidos da subsidiária da norte-americana Terphane, monopolista na produção brasileira da película, a cargo de capacidade para 6.000 t/mês, os governos Lula e Dilma concederam sobretaxas antidumping para importações de BOPET da China, Índia, Egito, Emirados Árabes Unidos, México e Turquia. Como se não bastasse, a Terphane pediu investigação de suspeita de dumping sobre BOPET trazido ao Brasil do Peru e Bahrein. O processo de aferição das denúncias foi iniciado em julho e enfim engavetado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) sem comprovação de ameaça de dano à solitária produção da Terphane em Pernambuco, conforme assinala publicação em 28 de julho último no Diário Oficial da União. A propósito, segundo estimativas traçadas em 2015, a Terphane opera uma capacidade da ordem de 6.000 t/mês de filme para um consumo local da ordem de 2.800 a 3.300 t/mês, volume no qual as importações de BOPET compareciam com participação aproximada de 20%. Além dos milhares de convertedores brasileiros de laminados, a recusa do pedido de antidumping aliviou supridores a exemplo da OPP Film, única produtora peruana de BOPET e apontada como detentora de cerca de 5,5% do mercado brasileiro do filme em 2013 e 2014.
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