Ásia acentua mega excedente mundial de PE e PP

China continua na pole do consumo global e Índia decola
Índia: capacidade instalada de poliolefinas sobe 1,75 milhão este ano.
Índia: capacidade instalada de poliolefinas sobe 1,75 milhão este ano.

Os solavancos na economia chinesa, à frente a crise imobiliária e demográfica, não eclipsam sua envergadura como potência da petroquímica mundial. Realizada na Índía em 18 e19 de maio último, a Conferência da Indústria Petroquímica Asiática foi pródiga em dois indicadores-chave para análises o futuro do setor: a) o mega excedente mundial de poliolefinas, tão execrado por eco radicalistas, continuará a expandir incólume até, pelo menos, o final da década e b) até segunda ordem, não há quem tire a China do trono de maior consumidor e importador mundial de polímeros e com voz cada vez mais grossa no conselho dos formadores de preços internacionais no ramo.

Lee Fagg, vice-presidente para energia e químicos da petroquímica Nexcant ECA foi taxativo em sua fala no evento captada pela consultoria Icis. Até 2032, ele projeta, a China responderá por 64% do consumo total de resinas na Ásia.Muitos corpos atrás virão a Índia e o Sudeste Asiático, com respectivas participações de 16% e 14%. Entre 2022 e 2032, encaixou Fagg, o consumo incremental asiático de poliolefinas, PVC, PET e PS virgens deve crescer ao redor de 60 milhões de toneladas.

Uma estrela a subir neste firmamento é a Índia. A tiracolo de população que superou há pouco tempo a da China e bem servida de mão de obra de alta qualificação, a Índia hoje acusa consumo per capita de plástico considerado baixo – da ordem de 18 kg/a contra 13 kg da China, 19 kg do Sudeste Asiático e, numa referência fora do continente,10 kg na África. Até 2040, perorou no seminário o ministro indiano Hardeep Puri, a demanda de petroquímicos de seus país deve triplicar, expansão de óbvia dedução a partir da torrente local de investimentos em resinas, auxiliares, transformados e montagem de máquinas básicas e de periféricos. Até o momento, o setor petroquímico indiano tem aumentado à média anual regular de 1,2-1,5 vezes o PIB, calculado para saltar 7% no exercício corrente. Por sinal, ainda este ano capacidade indiana de PE sobe 1,25 milhão de toneladas e a de PP, 500.000, exultou na conferência Kamal Nanavaty, presidente da Associação de Indústrias Químicas e Petroquímicas da Índia. Para 2024, ele esfrega as mãos de felicidade com o antevisto aumento de 1 milhão de toneladas à capacidade de poliolefinas do país e, nos próximos sete anos, ele sustenta que a Índia embolsará o acréscimo de 7 milhões de toneladas de PE; 4,8 milhões de PP e 2,5 milhões de PVC.

Compartilhe esta notícia:

Deixe um comentário