A reação sazonal no consumo e preços de PET no Hemisfério Norte, efeito da chegada dos meses com temperaturas mais altas, não demoveu a mexicana Alpek do intento de fechar de vez, no início deste mês, sua fábrica do poliéster na ativa desde 2003 em Cooper River, no estado norte-americano da Carolina do Sul. O fechamento foi aprovado com base, conforme repassa o site ChemAnalyst, na combinação de demanda anêmica, preços voláteis da matéria-prima paraxileno e a preocupação com negociações de preço da resina tendo como pano de fundo o mercado norte-americano pendendo para a volatilidade por longo prazo.
Nesse contexto, a Alpek recorreu a um estratagema useiro e vezeiro no ramo petroquímico: reduzir a produção em conjunturas adversas para ajudar a provocar uma levantada nas margens do negócio. A propósito, o peso da super oferta de PET que sobressalta a Alpek na América do Norte não aparenta perturbá-la no caso do mercado brasileiro.
Alpek e Indorama totalizam potencial para produzir no país um milhão de t/a de PET virgem, tendo fornecido 692.000 toneladas em 2022, saldo que evidencia ociosidade na inquietante média de 30%, segundo indicadores repassados pela Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet). E mesmo com a obesidade do excedente doméstico, o Brasil importou cerca de 75.000 toneladas do poliéster grau garrafa no ano passado, atesta a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).