Enraizadas entre os hábitos do consumidor consciente no Chile, as máquinas de refil da startup Algramo começam a ganhar o mundo, já instaladas em Nova York e em fase de testes no Reino Unido e, em parceria com a Nestlé, na Indonésia. Em suma, os clientes trazem para os postos de reenvase garrafas ou containers plásticos de produtos finais ditos essenciais, inclusos produtos de higiene e beleza e artigos de limpeza doméstica, munidos de etiqueta identificatória de embalagem para refil de brand owner parceiro da Algramo.O consumidor também pode encomendar e pagar em sua casa, por whatsapp, esclarece o noticiário do programa ambiental da Organização das Nações Unidas (Unep).
O foco do sistema de refil, conforme divulgado à mídia, é contribuir para deter a polução plástica mediante a redução do consumo de embalagens rígidas de uso único. O custo por grama dos produtos reenvasados nos postos da startup é o mesmo, não importa o tamanho do recipientes ou quantos clientes adquirem o refil. Por trás dessa metodologia, paira o propósito de aliviar os gastos do refil para as classes de baixa renda que incorrem em despesas maiores por carência de recursos para comprar produtos comercializados a granel em quantidades maiores. José Manuel Moller, CEO da Algramo , constata que os consumidores estão divididos entre o bolso e a preservação do planeta, situação que exige da startup que seja a alternativa melhor e mais barata.
Cristobal Undurraga, gerente responsável pela marca Algramo, comenta no release da Unep que seus clientes pagam pela embalagem apenas na primeira compra de um produto essencial. O esquema do refil, ele pontua, permite a famílias gastarem cerca de 40% a menos nos mesmos artigos em comparação com o sobrepreço desses itens ofertados em embalagens de uso único em formatos menores. “Uma vez que o produto final é vendido, torna-se responsabilidade do brand owner manter a embalagem no circuito da economia e fora do meio ambiente”, considera Undurraga. “E a Algramo visa facilitar esta transição”. Conforme argumenta, nunca se conseguirá reciclar a quantidade produzida de recipientes plásticos de uso único. “É absurdo coletar resíduo plástico para reciclá-lo de modo a produzir outro plástico para ser reciclado de depois mais outro em vez de apenas reusar a mesma embalagem inicial por várias vezes criando valor e conveniência.”