Um gol de sustentabilidade envolvendo polímeros acaba de ser marcado fora do campo habitual dos produtos de uso único. Dois anos após o anúncio do empreendimento, duas companhias alemãs, a Sport Group, forte em superfícies para prática esportiva, e sua subsidiária Polytan, focada na instalação de gramados sintéticos, anunciaram em junho, na cidade de Essen, a partida de uma planta para reciclar grama artificial. A recicladora será operada pela recém-criada controlada Forma Turf e, conforme divulgado no site Sustainable Plastics, sua capacidade anual de processamento é dimensionada em 200 campos oficiais de nível profissional. A Forma Turf enfatizou à mídia a adequação de sua patenteada tecnologia, mesclando reciclagem mecânica com procedimentos de cunho químico, a quase todos os tipos de sistemas conhecidos de grama sintética, a exemplo de gramados acarpetados ou agregando grãos de areia ou borracha, típicos materiais separados dos polímeros para submissão ao método de reciclagem da Forma Turf. A propósito, a areia incide em 70% do peso da superfície do gramado sintético, daí a prioridade dada à sua separação dos demais materiais antes da etapa específica da reciclagem da grama artificial. Na planta da Forma Turf, a camada de revestimento do lado do avesso do gramado, inclusos os filamentos sintéticos, é triturada e o moído resultante segue ao patenteado e não esclarecido processo “aptrusion” que, atestam os porta-vozes da empresa, separa em 75% a areia incorporada. Os dirigentes da Forma Turf não informam quais as aplicações na mira do seu reciclado nem como assegurar suprimento regular e em volumes condizentes de gramado sintético de vida útil esgotada para viabilizar a operação comercial de sua unidade recicladora, a primeira da Alemanha no gênero.
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