Ajustes na rota

Nos últimos três anos, os custos de impressão e envio de exemplares Plásticos em Revista saltaram bem acima da inflação...

recadoNos últimos três anos, os custos de impressão e envio de exemplares Plásticos em Revista saltaram bem acima da inflação. Num cálculo por alto, essas despesas hoje abocanham em torno de 30% da receita do veículo, tornando assim o negócio de produzir uma edição mensal comparável a uma travessia pelo fio da navalha sem rede embaixo, quadro agravado agora pelos anunciantes de freio puxado por força da crise.

Qualquer pesquisa de opinião hoje demonstra que o leitor padrão de Plásticos em Revista dá preferência à leitura em papel, embora o conteúdo de todas as edições esteja disponível no site do veículo. Mas essa foto caminha para uma alteração visceral. De forma gradativa, mas já visível, a primeira geração do empresariado do plástico vai abrindo espaço para a nova fornada. Esta, por sua vez, desenvolveu sua formação com a internet integrada ao seu cotidiano e, como demonstra uma multidão de análises midiáticas, não é lá tão afeita como seus antecessores a buscar informação impressa – as vendas de livros e as tiragens da grande imprensa no país falam por si. A preferência aberta pela mídia digital por parte da nova geração de leitores não pode ser ignorada por Plásticos em Revista, sob risco de morte certa. Ao mesmo tempo, o veículo encara o desafio de aliar seu forte, a abordagem em profundidade, com a transmissão de suas informações inencontráveis na imprensa em geral na linguagem e apresentação esperadas pelo público e o mercado virtual.

Por essas e outras é que, sem pretensão de reinventar a roda, Plásticos em Revista entra em 2016 revigorada por ajustes em sua rota. Na esfera da circulação, o mercado passa a deparar com três alternativas de assinatura e publicidade: apenas a versão impressa, apenas a versão digital ou ambas. Manda a lógica global no ramo editorial que, sob essa premissa, o atual acesso livre leve e solto ao conteúdo das edições acabe ficando mais seletivo. Informação tem custo, não é commodity e seria injusto para com o nosso assinante que reconhece o valor do conhecimento repassado franqueá-lo a torto e a direito.

Seja impresso ou digital, um projeto editorial nunca deve ser dado por terminado. Isso implica a morte do veículo por estagnação e sua irmã xifópaga e metástase, a defasagem. Por fugir desse ponto final como o diabo da cruz, Plásticos em Revista entra em 2016 com mexidas em seu conteúdo, no seu raio de alcance e nas possibilidades de expansão em várias frentes de conhecimento usando o peso de seu nome e reputação como plataforma. Na transposição desse discurso à prática, entrarão em campo a concepção e realização de eventos físicos e webinars inéditos no gênero no Brasil, abarcando a cadeia plástica de ponta a ponta.
Bem ao nosso estilo, um projeto saudavelmente quase completo. •

Beatriz de Mello Helman é diretora de  Plásticos em Revista e da Editora Definição.

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