A estabilidade crônica da demanda de estireno

Mauricio Jaroski

Há quase uma década o mercado brasileiro de estireno praticamente anda de lado, algemado ao patamar de 600.000 t/a sustentado pelos mercados chave da produção de poliestireno (PS), poliéster insaturado, tintas e borrachas para pneus. Nos idos de 2010, bem antes da recessão vigente entre 2015 e 2018, a demanda do monômero atingia 659.000 toneladas, segundo  a Unigel, que integra com a Innova o time de  produtores de estireno e poliestireno no país. Em 2011, segue a mesma fonte, a demanda do monômero emplacou 633.000 toneladas; em 2012, 624.000 e, para não alongar o retrospecto, 650.000 toneladas em 2013. Corte para 2018: ao cruzar os dados, Maurício Jaroski, respeitado especialista de mercado da consultoria MaxiQuim, calcula em 604.000 toneladas o consumo aparente em 2018, total originário da produção de 445.000 toneladas, importação de 159.000 e exportação ultra simbólica: apenas 1 tonelada. O balancete pouco destoa da moldura de 2017, ele assinala, quando o consumo aparente de estireno não passou de 623.000 toneladas, volume delineado pela produção de 480.000 toneladas, exportação de quatro toneladas e importação de 147.000 toneladas. A propósito, o maior importador de estireno do Brasil é a Innova, para suprir sua unidade de PS no Polo Industrial de Manaus com o insumo desembarcado pelo porto livre local.

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