Ikea contra e a favor do plástico
O plástico tem estado na berlinda em ações recentes da Ikea, mandachuva sueco do mobiliário sustentável, Entre os movimentos trombeteados este ano em que o material saiu bem na foto, constam a decisão de substituir paletes de madeira por contratipos de polipropileno (PP) e o investimento numa participação de 15% na recicladora holandesa Morssinkhof Rymoplast Group, transação custeada por parcela não especificada de uma verba da ordem de um bilhão de euros reservada pela Ikea para iniciativas prol da economia circular e sustentabilidade. Indústria familiar há cerca de 50 anos na ativa, a Morssinkhof Rymoplast conta com capacidade nominal da ordem de 200.000 t/a para recuperar aparas de primeira moagem e sucata pós consumo. Em contrapartida, a Ikea deixou o plástico em saia justa ao decretar, na virada do ano, a meta de banir poliestireno expandido (EPS) das embalagens de móveis na sua rede internacional de lojas em favor de materiais reciclados e não detalhados contendo fibras vegetais. A reação suscitou chiadeira de representações de EPS nos EUA e Europa. Elas interpretaram o veto da Ikea como populismo ambiental de baixo efeito prático em prol do desenvolvimento sustentável. Segundo declararam à mídia, o gesto da empresa reduz seu uso de EPS em torno de 8.000 t/a, volume visto como ínfimo e equiparado a algo acima da metade da quantidade do expandido empregada como isolante térmico no icônico espigão nova iorquino Empire State Building. Em resposta, a Idea sustentou que a embalagem de papel é uma opção ambientalmente superior e deu a polêmica por encerrada.
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