A parte que segura o todo

Resistência da jarra plástica freia giro do liquidificador
Duravita Problend 6: copoliéster na jarra influi na vida útil do aparelho.
Duravita Problend 6: copoliéster na jarra influi na vida útil do aparelho.

Pane seca nas vendas provocou curto circuito no último balanço da Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica (Abinee). Com os fios desencapados pela crise, o setor tomou um choque na tomada de 2016 com queda de 11% no faturamento, 10% na produção e de 25% nos investimentos, arrematado por expectativa inicial de nenhum crescimento em 2017. Eletrodomésticos não escapam do recuo forçado pelos preços, crédito restrito e desemprego, fechando dezembro último com 6% de vermelho versus o nada memorável 2015. Mas no reduto dos liquidificadores a recessão aparenta não bater duro a ponto de brecar a melhora da qualidade cobrada por um público adestrado pela carestia nos meandros custo/benefício, demonstra uma sutileza da Philips do Brasil: a seleção do copoliéster Tritan, da norte-americana Eastman, para dar forma à jarra do liquidificador Philips Walita ProBlend 6 laminas Duravita Inox.
À primeira vista, pode parecer secundária a escolha do material de uma peça do liquidificador em meio ao funeral dos grandes números da Abinee. Mas Deus ou o diabo mora nos detalhes, deixa claro Alina Asiminei, gerente de marketing de personal health da Philips do Brasil. Liquidificador tem penetração em mais de 90% dos lares brasileiros, ela situa. “Ou seja, mesmo em tempos de crise, o consumidor vai atrás do produto, dado seu prazo de duração, a depender do modelo, marca e qualidade, resultando em alta incidência de substituição do liquidificador”, ela expõe. A jarra costuma estar por trás dessa troca. “A quebra frequente das jarras sempre foi um dos principais problemas apontados pelos usuários do aparelho”, prossegue Alina. “Na hora de buscar uma nova jarra, boa parte deles resolve trocar o liquidificador de uma vez”. Segundo a executiva, a crise abriu os olhos do brasileiro para artigos de marcas de respeito, cujo custo/benefício o convence a pagar um pouco mais. “Isso ocorreu no segmento de liquidificadores: as faixas mais altas de preço cresceram bem mais que as outras desde 2015”. É a esse contexto que ela associa a especificação do copoliéster da Eastman para a jarra que a Philips do Brasil injeta internamente. “É um material ultra resistente, de transparência vítrea e inodoro”, sintetiza Alina.
A Philips, aliás, é reincidente no uso de Tritan em jarras de liquidificadores. A estreia remonta a um aparelho lançado em 2008 e, nessa bateria de testes de especificação, o copoliéster norte-americano arrasou. “Foi comprovada sua resistência 20 vezes superior à do copolímero importado de estireno acrilonitrila (SAN), o material convencional nessas jarras”, comenta Alessandra Lancellotti, gerente de contas e desenvolvimento de mercado da Eastman no país. Tritan já tinha, portanto, caminho aplainado para ganhar a jarra do liquidificador Duravita ProBlend 6, na praça desde novembro último.“ A Philips estava insatisfeita com as resinas disponíveis no mercado para um lançamento tão inovador e Tritan preencheu a lacuna por proporcionar uma jarra muito mais durável, de baixa retenção de odor e sabor e resistente a altas temperaturas e a choques térmicos, além de não manchar e manter o brilho ao longo do tempo”, sumariza a executiva.
Alessandra também enxerga na jarra um fator chave na decisão de compra de um liquidificador. “Quanto mais durável ela for, menor a chance de o aparelho precisar ser substituído”. Para bom entendedor, ao optar por uma jarra menos frágil, a Philips, de um lado, deixa de endossar a praxe da reposição do eletroméstico motivada pela quebra de uma peça-chave. Do outro lado, a empresa acena com um aumento da qualidade do seu produto capaz de, junto com seus outros benefícios, sensibilizar o público a desembolsar um “plus a mais” por ele. No site do Magazine Luiza, Duravita Problend 6 era ofertado a R$ 360,00 à vista e R$ 400,00 no cartão no fechamento desta edição. •

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