A nova novidade é uma expressão cunhada pelo escritor norte americano Michael Lewis para designar uma tecnologia ou ideia à beira da viabilidade comercial. Está pronta para ser levada a sério pelo mercado, ele define, precisa apenas de um empurrãozinho para cair na aceitação geral e depois mudar o mundo. Uma nova novidade hoje em dia chama-se internet das coisas (internet of the things). Ela começa a reinventar não só a produção – está em todas as bocas o conceito Indústria 4.0 –, mas a criação e as funções de todos os produtos, por mais convencionais e de baixo valor agregado que sejam. No universo do plástico, é o caso exemplar das utilidades domésticas (UDs). Mais hora menos hora, elas serão invadidas pela internet das coisas, num desdobramento lógico de seu assalto ao reduto vizinho dos eletrodomésticos. Trata-se da passagem sem desvio do exótico para o essencial, mesmo que sempre haja quem ache mais fácil preservar as tradições quando os riscos da mudança são maiores.
“Hoje e no futuro, personalização é a chave para o sucesso no desenvolvimento de produtos”, prescreve Jonas Antônio Miranda, diretor presidente da catarinense Plasvale, titular nacional da injeção de UDs. “Quanto mais uma empresa conseguir entrar no cotidiano do consumidor e captar seus desejos, mais poderá suprir as expectativas dele com produtos idealizados para seu estilo de vida”. Soluções tecnológicas como a internet das coisas, amarra o dirigente, evidenciam e aceleram as possibilidades dessa personalização. Por tabela, ele antevê, a linha de montagem e a gestão da qualidade para testes funcionais ganharão destaque em fabricantes de UDs. “Essas inovações demandarão das transformadoras conhecimentos em TI, automação, eletrônica e engenharia mecânica”, acentua Miranda. “A lei do mercado será cada vez mais desafiadora e a empresa que não inovar nem se comunicar com os consumidores desaparecerá”.
Marolas iniciais
No momento, reconhece, aplicações tecnológicas em UDs de plástico ainda são limitadas no mercado mundial. “Mesmo na categoria premium, essas inovações têm alto custo e a transição para baixo da pirâmide acontecerá com sua popularização e competitividade mediante a produção em alta escala”. Daí a lentidão em curso na incorporação desses recursos interativos em UDs. Do seu lado, a Plasvale monitora no exterior a curva de evolução da nova novidade no seu setor. “Lixeiras com sensores, potes para armazenar com código QR (“quick response”, resposta rápida) já são uma realidade lá fora, mas pouco populares. Conceitos como a internet das coisas, pelos quais objetos são conectados por wi-fi, ainda são tendências, mas percebemos nas feiras internacionais a velocidade com que vão surgindo suas aplicações em UDs”. São as primeiras marolas da pedrada no lago, entende Michael Lewis. “Em tecnologia”, ele escreveu, “mudanças não são um assunto simples. Com frequência alteram a maneira como as pessoas interagem entre si e com o ambiente onde estão. Invente o automóvel e as pessoas viajarão mais; invente o ar condicionado e as pessoas viajarão para os trópicos”.
Pela ótica econômica e cultural, nota Miranda, a transição de uma nova novidade como as soluções digitais para artigos commodities transcorre com justificada morosidade do Primeiro Mundo para os degraus abaixo. “Mas são uma realidade que não se pode ignorar”. Ao transpor essa convicção para o Brasil, o presidente da Plasvale enquadra UDs plásticas como itens de giro rápido e consumo de massa, compartimento onde ele vê as facilidades da web fora da escala de prioridades viáveis para a classe C, o motor do mercado nacional. “O preço de UDs plásticas ainda é muito atraente, representando grande vantagem de consumo para esse público”, deduz Miranda. “Mas é inegável o espaço conquistado em todas as camadas pelo consumo consciente, levando transformadoras de UDs a se prepararem para as tendências atreladas a essa onda”. Em seu setor, prevê, os produtos de valor mais acentuado ao alcance da classe de baixa renda serão os primeiros abraçados pela internet das coisas.
No rastro da casa conectada
“Desde a chegada dos smartphones, os consumidores brasileiros convivem com a conectividade e com bastante intensidade hoje em dia, haja visto que já somos o quarto mercado mundial em conexões móveis entre máquinas”, avalia Mariana Stangherlin Rigo, gerente administrativa da Anodilar, ás em UDs injetadas e equipamentos elétricos da Serra Gaúcha. “A internet das coisas é o presente e futuro da geração atual e já se desenha a casa conectada”, ela assevera. “Este nicho é muito promissor e vai demandar muito dos setores de eletrodomésticos e UDs”.
Se um lar brasileiro for equipado com a internet das coisas e demais soluções interativas, condiciona Mariana, pelo menos cerca de 100 utensílios terão de ser renovados. “Um mercado gigantesco em termos de oportunidades de consumo”, ela entrevê. No âmbito das UDs de plástico, especifica a executiva, a simples possibilidade de integrar um equipamento a outro requer uma carga (bateria ou energia) antes não necessária. “Apenas o fato de se ligar a UD na tomada exige a adaptação da fábrica e dos produtos a um padrão mundial de segurança elétrica enquadrado nas certificações compulsórias”, ela ilustra. “Para a indústria, isso significa aporte de recursos, amadurecimento, domínio do conceito de informatização e, por fim, mais valor agregado ao produto. Precisamos aferir o quanto o consumidor está disposto a investir num equipamento conectado e as vantagens que lhe serão proporcionadas”.
Mariana fecha com Jonas Miranda, da Plasvale, quanto aos dias contados para transformadores de UDs alheios à nova novidade. Nesse contexto, encaixa, a Anodilar é candidata a mandar bem. “Somos treinados para pensar diferente, adiante da realidade”, comenta a gerente. “Além dessa cultura, nossas chamadas utilidades gourmet de plástico e os equipamentos elétricos certificados pelo Inmetro deixa a empresa mais próxima de desenvolver uma tecnologia no sentido da interatividade. Nada temos previsto a curto prazo, mas o mercado pode esperar por um lançamento”.
Leitura por aplicativo
Pois a Plasútil, estrela de primeira grandeza em UDs no país, já larga na frente, com estreia agendada para a primeira quinzena de fevereiro na Gift Fair 2017. “Investimos há pelo menos 10 anos num projeto que, nesta sua segunda versão, mais satisfatória, permitirá ao consumidor armazenar e controlar o conteúdo, além de localizar o recipiente através de smartphone, via aplicativo que pode ser baixado gratuitamente”, explica o vice-presidente comercial Edson Begnami. “O conceito é bem simples: organizar para melhor controlar e encontrar qualquer item que caiba no recipiente com código QR impresso a ser lido pelo aplicativo para identificar o produto pelo número de série”. Se for alimento, ele arremata, o aplicativo indicará a qualidade e validade; no caso de medicamento, fornece até a posologia. “Na hipótese de se usar o recipiente para guardar documentos como a escritura do imóvel, o aplicativo não só o localizará para o interessado como lhe permitirá fotografar o material, para eventual consulta de alguma informação numa eventualidade que dispense a apresentação do documento impresso”.
Para Begnami, empresas de UDs já se debruçam sobre a interatividade atrás de benefícios que realmente importem para o consumidor. “Mas ainda não percebemos nas feiras internacionais grandes inovações que mudassem os hábitos de consumo em UDs de plástico”, expõe. “Não identificamos lançamento algum vinculado a essa tecnologia em razão do custo, bem acima do utensílio tradicional”. O peso no bolso, ele assinala comedido, ainda inviabiliza a incorporação dessas soluções interativas nas UDs injetadas na sede paulista da Plasútil, exceção feita ao novo recipiente com código QR. “Nem mesmo na Europa e EUA, ou na manufatura de baixo custo característica da China, nota-se por enquanto uma evolução significativa nesse sentido. Alguns anos atrás surgiram lixeiras com mecanismo interativo por aproximação, mas não prosperaram”. Na contracorrente dessa calmaria, o lançamento conectado da Plasútil, uma investida isolada, é justificado pelo vice-presidente com a estratégia de agregar valor aos desenvolvimentos, destoando da praxe global. Até o momento, reitera Begnami, as marcas mundiais não conseguiram vitaminar o valor de suas UDs plásticas mediante o acréscimo da TI.
Em contraste, os filões abertos pela internet das coisas entraram para as pautas obrigatórias de feiras top de UDs, como a americana International Home+ Houseware Show. Em painel de debates na última montagem (2014) dessa exposição trienal, Lori Gonzalez, vice-presidente da Jarden Consumer Solutions foi direto na jugular. “Dois terços dos americanos já têm smartphone e caminham para uma vida conectada. As mudanças de hábitos andam mais rápido e embutem oportunidades para satisfazer o consumidor”. No universo do lar, ela sustentou, a cozinha é a dependência bola da vez para a conectividade aprontar. Mas é preciso atentar para a cautela dos consumidores a embarcar nessa onda, ela avisou, devido ao custo dos produtos inteligentes. Uma reação contornável pelos fabricantes, segundo Lori, com menos afã na precificação do valor.
Lixeira com sensor
“O mundo está cada vez mais digital, um caminho sem volta”, constata Manoel Fernandes Flores, diretor superintendente da Astra, craque em dois afluentes do mesmo rio, UDs e produtos de acabamento residencial. “Afinal, quem não gostaria de mais conforto, praticidade, agilidade e outros benefícios proporcionados pelos dispositivos eletrônicos?” Mas na esfera das UDs de plástico, considera, o baixo valor agregado reprime o ímpeto de sua adesão à interatividade. “Esses recursos geram um custo muito alto incidente no preço final do item”, acentua o dirigente.” Por exemplo, a Astra lança em breve uma ducha que, para incorporar a eletrônica, sofreu um acréscimo de 56% no seu custo original. Não é de hoje, aliás, que a Astra corteja o potencial da automação. “Em 2009, a Japi, empresa do nosso grupo, introduziu no Brasil o sistema de acionamento de torneira por toque de mãos e, dois anos antes, lançava uma lixeira com abertura por sensor ”, ilustra Flores. “Entre os produtos de acabamento residencial, temos banheiras e spas com funções eletronicamente controladas e espelhos com acionamento eletrônico da iluminação”.
Além do constante garimpo de inovações no exterior, um ponto a favor da Astra, nota o diretor, é a familiaridade da matriz em Jundiaí, Grande São Paulo, com a complexa integração de processos, entre eles a eletroeletrônica e a transformação de plásticos. “Por sinal, estamos criando mais uma série de produtos com acionamento eletrônico”, solta o dirigente sem abrir o jogo. “Ou seja, já na concepção do projeto é preciso prever todas as possibilidades de montagem, um fator influente no design final, e o marketing dessas novidades vai exigir tratamento especial”.
Kit de sobrevivência
Em particular nas linhas de UDs, distingue Flores, a empresa pauta os desenvolvimentos pelo design funcional e, nos últimos anos, incrementou o contingente de cores e produtos para banheiro, cozinha e lavanderia. “Entre essas UDs diferenciadas pela junção de funcionalidade e design, constam o roupeiro com repartição para peças menores, rodinho de pia anatômico, a lixeira com dispositivo que não deixa a sacola aparente e o modelo para banheiro com abertura por pé e mão”. Por enquanto, sublinha o dirigente, a interatividade não pinta ao lado das diretrizes de beleza e praticidade estabelecidas para suas UDs. “Mas os incrementos eletrônicos são cogitados para itens de conforto e bem-estar, como aquecedores de gás,esquadrias de alumínio, espelhos, banheiras e spas, assentos sanitários e produtos de acessibilidade”, descreve. “Em breve, lançamentos ganharão o mercado”.
Embora hoje menos próxima da realidade do Brasil, a internet das coisas não pode ser ignorada pelo setor de UDs, assinala Flores, sob o habitual argumento de que o mercado doméstico sempre foi conduzido pelo baixo poder aquisitivo. “Empresa que não acompanha as tendências periga falir, pois o negócio não se sustenta com o passar do tempo sem ser reinventado”. O diretor superintendente deixa claro que nesse kit de sobrevivência empresarial não pode faltar uma capacidade camaleônica de pegar a coloração do novo ambiente. “Para uma indústria especializada na transformação de plásticos, não é fácil, da noite para o dia, dominar a tecnologia eletrônica e unificar os processos”, ele reconhece. Nos setores de UDs e acabamento residencial, comenta, pode-se despender dois anos ou mais de um projeto ao lançamento. É o tipo de prazo talvez sem lugar no futuro mundo conectado, pois Flores também vê risco para quem abusar do tempo para digerir a mudança inescapável.”Não dá para começar a pesquisa quando o mercado já absorveu a novidade”, conclui. “É preciso se antecipar”.
São coisas da internet das coisas.
As rainhas do lar
As melhores injetoras do mercado para UDs
Mais de 40 máquinas em ação na transformadora Paramount, no interior paulista, compõem uma referência vistosa da penetração das injetoras Haitian em utilidades domésticas (UDs) no Brasil. Roberto Melo, gerente de manutenção da base de vendas da corporação chinesa no país, recomenda a este reduto as injetoras hidráulicas Marte e as elétricas Venus, ambas destacadas pela economia energética . Quanto às últimas, ele ressalta sua adequação a ciclos baixos e à decoração in mold label (IML), além da disponibilidade de L/D maiores. “Muitos transformadores de UDs carecem de injetoras de alta performance, mais uma razão para o crescimento da Haitian nesse segmento, apoiada numa variedade de opções que perfazem o investimento correto”.
O preço padrão costuma distanciar injetoras elétricas do grosso dos transformadores nacionais de UDs. Agente dessas máquinas da japonesa Toshiba, Hercules Piazzo, diretor da representação Hercx, quer botar essa barreira abaixo. “A injetora EC SXII tem preço muito competitivo por ser montada na China e seu custo de fabricação é inferior ao de um equipamento hidráulico”, argumenta. Além do argumento do bolso, Piazzo entrosa o equipamento com as expectativas da manufatura de UDs. “É a injetora com maior espaço entre placas do mercado e sua placa móvel opera sem buchas, zerando a necessidade de lubrificá-la, e munida de guias lineares, fator de redução de atrito e aumento da velocidade de abertura e fechamento”, expõe. Além dos clássicos predicados da tecnologia de injeção elétrica, como precisão, rapidez, poupança energética, zero refugo e óleo no processo, Piazzo enfatiza a garantia da performance da linha EC SXII conferida pelo comando S51.
Com mais de 40 anos de milhagem acumulada em sopro e injeção, o consultor Antonio Dottori a postos na Pavan Zanetti faz uma digressão sobre a realidade das UDs de plástico no Brasil antes de debruçar-se sobre os modelos de injetoras convenientes.”O setor está cindido entre produtos de alta qualidade e parede fina; produtos de padrão inferior, mas de material apropriado e, por fim, temos as UDs de reciclado, a desejar em aparência e qualidade”. Quanto às últimas, Dottori resume o quadro dizendo que qualquer máquina as injeta e ponto final. “Por seu turno, as UDs injetadas com resinas virgens de alta fluidez tendem a contar com design volta e meia renovado, específico para prover resistência com a menor parede possível”, descreve. “Esse tipo superior de UD é fruto da precisão do processo em ciclo rápido e parede mais fina”. Para dar conta do recado, emenda, máquinas hidráulicas devem contar com acumulador de pressão na injeção. “Como os moldes de UDs de qualidade marcam pela alta troca de calor e trabalham com resinas nucleadas, de solidificação mais rápida, recomenda-se o maior L/D possível e é imprescindível o recurso do acionamento elétrico para a abertura da máquina na etapa da extração da UD após o tempo de resfriamento simultâneo à plastificação”. Esses requisitos, ele amarra, são preenchidos pelas injetoras HXF no balcão da Pavan Zanetti e Dottori situa na faixa de 160 a 570 toneladas os modelos mais procurados para UDs maiores e acena com a oferta de L/Ds na casa de 24:1.
“No Brasil de hoje, a produção de UDs é relacionada com equipamento de baixo custo”, percebe Cássio Luis Saltori, diretor geral da subsidiária comercial brasileira da austríaca Wittmann Battenfeld, formadora de opinião global em injetoras. Essa visão é equivocada, ele sustenta, pois a seleção da máquina deve considerar o jogo de conjunto. “As condicionantes devem incluir a economia de resina e energia, minimização do refugo, controle de qualidade e do peso unitário e o aumento da produtividade entre os turnos de trabalho, passando pela automação e integração completa dos periféricos ao comando da máquina”, ele ilustra. São esses os chamarizes brandidos por ele para transfomadores de UDs atentarem para os modelos de 25 a 350 toneladas das injetoras Smartpower , equipados com servo motor para acionamento da bomba. Para UDs de maior porte, arremata Saltori, a pedida é a serie MacroPower, composta de injetoras de 400 a 2.000 toneladas munidas de guias lineares na placa móvel e com inserção facilitada dos moldes.
“Apesar da baixa complexidade dos produtos, o perfil do mercado de UDs tem mudado desde a última década”, pondera Michel Carreiro, gerente de vendas do escritório no país da Sumitomo Demag, viga mestra nipo alemã na tecnologia de injeção. “No plano geral, o peso das UDs caiu mais de 30% em relação a contratipos antigos, uma leveza obtida à custa de injetoras de alta velocidade com a vantagem adicional da redução dos custos de produção decorrente do tempo menor do ciclo”. O executivo assinala que o investimento maior nesse tipo de equipamento é contrabalançado pelos ganhos de produtividade e a vida útil da máquina, superior à média do mercado. “A Sumitomo Demg tem máquinas em funcionamento há mais de 10 anos com o mesmo ciclo de cinco segundos”, exemplifica Carreiro. Escorado em trunfos como o emprego de servo motores e de recursos de regeneração de energia elétrica, Carreiro recomenda para potes e tampas de variados tamanhos as injetoras da série híbrida El-Exis SP, cujo ciclo total pode ficar abaixo de quatro segundos e o limite máximo de velocidade de injeção é de 1.000 mm/s, garantindo tempos de preenchimento entre 0,1 e 0,2 segundo. “UDs também são uma das especialidades das injetoras elétricas IntElect-S, destacadas pelo ciclo rápido e gasto de energia cerca de 50% menor que o aferido em linhas hidráulicas”, completa o gerente.
Com ou sem crise, a competição engrossa em UDs e, na hora da verdade dos custos, uma saída para quem busca a linha de frente passa pela produtividade na injeção. “O grande diferencial oferecido pelas nossas máquinas são a repetitibilidade e produção”, crava Renato Pereira, diretor da base de vendas no Brasil da norte-americana Milacron. Para demonstrar os ganhos proporcionados, ele usa como referência uma UD de 35 gramas, injetada em cavidade única em ciclo de oito segundos. “Considerada uma oscilação de 5% no peso da injeção, devido a fatores diversos, chegaríamos ao final de um ano a uma variação superior a cinco toneladas de material, sem incluir no cômputo das perdas as paradas de máquinas e, na hipótese mais grave, o retorno de peças recusadas pelo cliente, um dano para a reputação do transformador de UDs”. O antídoto para esse caldeirão de enxaquecas, receita Pereira, é a injetora elétrica Roboshot. “É a única na praça a operar com comando CNC, cujo trabalho por coordenadas, inviável com CLP, resulta em precisão de 0,01mm”. Tem mais: a segurança do molde é provida por inteligência artificial (sistema Ai) na máquina da Milacron. “Uma vez que o sistema de fechamento é comandado por células de carga, conseguimos medir a carga empregada no fechamento e proteção do molde, evitando o esmagamento de peças”, esclarece o diretor. Outro ás na manga da Roboshot, distingue Pereira, é o sistema de reaproveitamento de eletricidade. “Ele recupera e acumula a energia advinda dos freios dos servo motores e a encaminha de volta para a máquina durante os movimentos, gerando economia adicional de até 15% no consumo”. •