PR – Por que voltou, depois de bom tempo, a comprar ações da Braskem a ponto de hoje deter 1% do controle societário da empresa e ter indicado um membro do conselho fiscal? Expectativa de alta nas resinas do grupo ou é uma aposta na futura venda da empresa?
Parisotto – Já tive, alguns anos atrás, uma posição relevante na Braskem, também da ordem de 1%. Eu a vendi por que não me agradava sua gestão e postura arrogante e tinha coisa melhor para comprar no mercado. Com o apoio de outros fundos estrangeiros formamos agora uma posição que nos permitiu indicar Marcos Rosset, ex presidente da Paramount Pictures e da Walt Disney no Brasil, para o conselho fiscal da empresa. Nosso objetivo é ajudar e este profissional tem muita experiência com governança corporativa e compliance, pode ser muito útil à Braskem. De outro ponto de vista, considero que a companhia mudou muito desde então, dobrou de tamanho investindo no exterior e perdeu bastante o ranço monopolista. Começou a nos tratar como clientes, o que é um grande avanço. Está com um excelente corpo diretivo, que é o que faz a diferença. Mas atenção: a Videolar-Innova é cliente de petroquímicos básicos e polipropileno da Braskem, mas minha posição acionária não visa qualquer tipo de favorecimento em transações de matéria-prima.Tal interpretação não procede. Nunca pediria por isto; seria uma afronta aos meus princípios. Sou conhecido no mercado por lutar pela governança corporativa. Gostamos de ser tratados como cliente, avaliar juntos as oportunidades, fazer o jogo do ganha, ganha. Gostamos de negociar – está no nosso DNA. Fora isto, fico feliz com os dividendos que recebo.
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