Cai veto ao plástico para embalar palmito

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palmitoTerritório imemorial do vidro, o acondicionamento de palmito abre as portas às embalagens de plástico. A barreira legal  aos polímeros foi removida pela Resolução RDC 85/2016 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), retificando o veto vigente por 16 anos a tiracolo da RDC 17, homologada ao final de 1999.

O novo sinal verde refere-se à manufatura de palmito em conserva e, de acordo com agências de saúda e pública, atende a reivindicações dos fabricantes de palmito, inconformados com o aval até então restrito a recipientes de vidro e metálicos. Além de descerrar mais um nicho alimentício para o plástico, a RDC 85 reduziu o período de quarentena; inseriu dispositivos de controle dos riscos durante a fabricação e alterou os valores de vácuo exigidos atualmente para os diferentes tipos e volumes de embalagens e, por fim, atualiza a referência do Codex Alimentarius para palmito em conserva. O potencial para as resinas nadarem de braçada é maiúsculo. Afinal, o Brasil é o nº1 mundial na produção, consumo e exportação de palmito.

Trata-se de um setor de atuação 90% extrativista, situado no Pará em sua maior parte, de receita doméstica projetada em US$ 350 milhões – a fatia do leão num mercado global dimensionado em torno de US$ 500 milhões. Nos anos 90, uma extinta produtora de polipropileno enviou técnicos a indústrias paraenses de palmito em conserva para sondar as chances de potes injetados abocanharem uma fração detida pelos frascos de vidro, em resposta às queixas divulgadas pelo setor em Plásticos em Revista quanto a perdas e custos das embalagens que utilizavam. Além das poliolefinas, a imagem de transparência inculcada pelo vidro na cultura do envase do palmito em conserva limpa a pista para PET decolar no acondicionamento da hortaliça.

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