Mimimi não pega aqui

Murúa: nova linha de 600 t/mês de filmes especiais de PP.

A componedora goiana Cepalgo, opera desde o segundo trimestre com capacidade triplicada para sofisticados filmes planos de polipropileno (PP), como os destinados a pouches de esterilização cirúrgica. Nesta entrevista, o CEO Horácio Murúa explica o investimento.

Murúa: nova linha de 600 t/mês de filmes especiais de PP.
Murúa: nova linha de 600 t/mês de filmes especiais de PP.

PR – Numa fase de ociosidade na indústria, como justifica esse aumento da sua capacidade para filmes multicamada?
Murúa – A Cepalgo efetuou em maio último o startup de mais uma linha de coextrusão cast de filmes especiais de PP. Conseguiu assim elevar sua capacidade mensal a um patamar superior a 1.000 t/mês para filmes de até sete camadas.O investimento visa o abastecimento da crescente demanda no país que notamos para a conversão de embalagens flexíveis, bem como a expansão de nossa participação em mercados onde a nossa tecnologia se destaca, como os de filmes para aplicações de termoformagem (tampa e fundo) no setor alimentício de proteína animal e películas para a área médico-hospitalar. Além da maior disponibilidade em volume, esses segmentos serão beneficiados pela considerável redução do lead time. A Cepalgo já sobressai nesses dois mercados e, com este novo investimento, pretendemos tomar a liderança.

PR – Qual foi o equipamento selecionado e o investimento?
Murúa – Compramos a linha da norte-americana Davis Standard. O investimento mobilizou US$4,5 milhões, fora as despesas de transporte e instalação. A máquina recebeu upgrade tecnológico para adequar-se à produção de filmes de PP especiais e, por si só, é capaz de fabricar mais de 600 t/mês.

PR – Já teve algum indicador positivo dessa compra na contramão de uma retração geral no setor?
Murúa – Num panorama extremamente competitivo e perante a enorme dificuldade de todas as empresas quanto a manter parte de seu giro congelado em estoques, entendemos que aumentar a flexibilidade reduzindo lead-times seria a melhor forma de agregar valor aos nossos produtos. A estratégia já se mostrou acertada, pois a Cepalgo bateu, já no mês da partida da nova linha, os seus recordes históricos de faturamento em filmes com barreira e para uso médico-hospitalar.

 

Uma espanada no marketing

Produtos de limpeza doméstica disputam pau a pau com cosméticos pelo trono no sopro de embalagens de polietileno de alta densidade, além de constituírem cabo de atracação para PET, fora das clássicas docas dos refrigerantes, óleo vegetal e água mineral. Daí a relevância das perspectivas entreabertas nesta entrevista de Daniel Edvard Silva Bellon, gerente de marketing da Minuano, marca de 30 anos da divisão de higiene e limpeza doméstica hoje subordinada à companhia Flora, empresa independente da holding J&F.

PR – Minuano atua em um punhado de categorias, a exemplo de tira manchas,sabão em barra, detergentes, desinfetantes, multiuso, limpeza pesada, amaciantes, limpador perfumado etc. Como elas têm sidos afetadas pela recessão?
Bellon – De maneira geral, o consumidor não parou de comprar as categorias básicas de produtos de limpeza. A tendência que percebemos no mercado é a busca pela compra mais inteligente, ou seja, marcas que entreguem qualidade a preços competitivos.

PR – Qual o seu carro-chefe em 2015 e qual deve ser este ano?
Bellon – Em 2015 inovamos em amaciante e detergente lava louça e trouxemos em 2016 novidades em limpadores perfumados e desinfetantes.

PR – Produtos de limpeza doméstica são muito limitados pelos custos para adotar grandes requintes nas embalagens. Como a Minuano busca diferenciar suas embalagens na prateleira?
Bellon – Investimos em frascos que apresentem modernidade e facilidade em seu uso no dia a dia. Temos apostado em frascos e rótulos que destaquem os benefícios dos produtos e chamem mais a atenção da consumidora no ponto de venda.•

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