Durante os 19 dias de agosto das Olimpíadas, a Orla Rio, administradora dos quiosques nas praias cariocas, divulgará o evento, em ação com os patrocinadores, distribuindo a embalagem Snaxcup impressa com logomarca dos jogos. “Já nos solicitaram 700.000 kits”, adianta Carlos Antonio de Oliveira, sócio e diretor técnico da Kleckernix, empresa autorizada pela alemã Future Cups para produzir e comercializar sua criação no Brasil. O lançamento oficial de Snaxcup foi agendado para a feira Fispal Tecnologia, na segunda quinzena de junho, mas a estreia junto ao grande público será mesmo nos quiosques em plena Rio 2016.
Snaxcup é um ovo de Colombo. Consta de um único recipiente que integra copo de cartonado e, em polipropileno, um canudo extrusado e uma tigela termoformada. Acenada para fast food e eventos em geral, a embalagem é solução de praticidade de introdução recente na Alemanha e seu pulo de gato é permitir que comida e bebida fiquem apenas numa única mão. Segundo a Kleckernix, Snaxcup prima pelo perfeito encaixe entre prato e copo e o canudo provê vedação completa entre alimento e bebida.
Chamarizes como a conveniência e a ferramenta de comunicação embutida no Snaxcup motivaram a constituição da Kleckernix por quatro sócios brasileiros: Baby Matthiessen (51%), Susanna Matthiessen (29%), José Alfredo Nogueira de Menezes e Carlos Antonio de Oliveira (10% cada). “Moro na Alemanha há mais de 20 anos e sempre quis gerar empregos e negócios rentáveis no meu país. Quando tivermos nossa fábrica, a Kleckernix terá um foco social muito forte”, assinala Baby, aludindo à assistência e benefícios aos funcionários.
A empresa já entrou no BNDES com pedido para financiar a montagem da planta. “Como os recursos ainda não foram liberados, optamos por começar terceirizando a produção com fornecedores selecionados em meses de pesquisa”, esclarece Oliveira. No momento, portanto, a Kleckernix dispõe em Santo André, no ABC paulista, de galpão alguado para a logística de distribuição e capacidade de estocagem projetada em 1,5 milhão de kits (copo, pote e canudo). Assim, a produção em escala comercial, observa o diretor técnico, partiu em maio numa fábrica em Itaquaquecetuba, Grande São Paulo, de fornecedor não revelado. “Ela nos suprirá de 500.000 kits mensais, em média, fora as encomendas de produtos personalizados com logotipos de clientes e para campanhas específicas”, ele dimensiona, assegurando já contar com contratos fechados sob imposição de sigilo até o lançamento das campanhas.
“Nosso investimento inicial foi em torno de R$ 1 milhão nessa estrutura de terceirização e distribuição”, projeta Menezes. “Esperamos o retorno em três anos e a intenção é reaplicar o capital na construção da fábrica própria”. Sob este prisma, observa, o retorno real só deve vingar em cinco anos. “Pagaremos royalties para a Future Cups e somos a única empresa que pode licenciar Snaxcup no Brasil”, fecha o sócio e diretor financeiro da Kleckernix. •