A única solução

Tão estridentes para baixar a lenha quando bem entendem ...
Desastre na região do rio Doce: água limpa assegurada por tanques rotomoldados.

Tão estridentes para baixar a lenha quando bem entendem, os xiitas verdes  fazem cara de paisagem quando o plástico se mostra uma solução única, sem regra 3. Esse mutismo transparece, em particular, em situações de calamidade pública. Está aí, por exemplo, o rompimento de barragem de Mariana, tragédia na qual a lama assassinou o rio Doce, pôs em estado de emergência uma fieira de municípios mineiros, ceifou vidas, a flora e a fauna por mais de 500 km, até poluir o litoral capixaba.

Enlutada e privada de água limpa para consumir, a população ribeirinha, tal como ocorre na crise hídrica sem fim à vista no Sudeste, tem sido socorrida por duas aplicações plásticas: os garrafões retornáveis e, em especial, os tanques rotomoldados. Não fosse a serventia desses produtos transformados, o desastre da barragem da Samarco teria sua gravidade amplificada pela necessidade de uma desocupação às pressas do território esganado pela lama dos rejeitos de ferro.

O Grupo Fortlev, nº1 no país em caixas d’água e  grandes reservatórios de polietileno rotomoldado, tem participado do atendimento à população vitimada pela tragédia. A propósito, Evandro Sant’Anna, diretor comercial e de marketing da empresa, conta que, nos 10 dias seguintes ao desastre em Minas, as vendas de tanques de maior litragem em geral, inclusas todas as marcas, aumentaram 35% e depois retomaram a normalidade. Antes do rompimento da barragem, ele nota ter passado pela mesma situação no Estado que sedia a Fortlev, o Espírito Santo. “Observamos um aumento de 30% na demanda desses reservatórios nas cidades submetidas à crise hídrica”, rememora.

Esses tempos de racionamento de água, “em especial em regiões metropolitanas”, frisa Sant’Anna, tem intensificado a vocação da Fortlev para soluções de estocagem de grandes litragens – seu portfólio vai até 20.000 litros. “Ainda este ano, lançaremos para o Espírito Santo uma caixa d’água rotomoldada para estocar 10.000 litros”, adianta. A Fortlev, ele sustenta, é pioneira mundial nesse tipo de reservatório. “Ele se diferencia por aliar as características de uma caixa convencional de PE com uma grande capacidade de armazenagem”, ele explica.

Para situações como a do desastre na região do rio Doce, a Fortlev oferta o tanque Fortplus para água potável, disponível em versões de 310 a 20.000 litros, com proteção anti UV e tampa com ¼ de volta. “Permite a vedação perfeita do reservatório”.

Sant’Anna não enxerga o mercado de reservatórios intocado pela recessão, embora a procura por tanques da Fortlev tenda a captar em 2016 respingos da crise hídrica à solta no Sudeste. “Mais do que aumento de vendas”, coloca o diretor, “essa crise está aumentando a conscientização a respeito do consumo de água e é essa evolução na mentalidade da população que aplaudimos”. •

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