CEO das Ineos, listada como quarta indústria química mundial, Jim Ratcliffe esbravejou na mídia em 29/4 contra a carga tributária ambiental vigente no Reino Unido. “A taxa sobre emissões de dióxido de carbono está matando a manufatura britânica”, reclamou o bilionário dirigente. A Ineos, conforme noticiado, está sendo cobrada em 15 milhões de libras (cerca de US$ 20 milhões) pela liberação do gás de efeito estufa por suas plantas inglesas em 2024, exercício que o grupo fechou com resultados negativos. Ratcliffe vociferou que o tributo impacta de forma devastadora as indústrias do Reino Unido e, diante deste ônus, a Ineos passa a reduzir os esforços para melhorar sua eficiência energética.
O divulgado objetivo da taxação é reduzir a emissão de carbono mediante encarecimento da queima de fontes fósseis de energia. Ratcliffe rejeita este propósito argumentando que as empresas do Reino Unido não podem arcar com esta cobrança quando os custos de energia locais permanecem demasiado altos após os aumentos nos preços aferidos em 2022 e 2023. “Para honrar esse débito, precisaremos pausar investimentos vitais em projetos para tornar nossas operações mais eficazes e sustentáveis, por sinal uma ironia como efeito de um imposto ambiental e que não é culpa nossa”.
De acordo com o portal do diário inglês Independent, Ratcliffe elevou os decibéis de sua ira com a observação de que a taxa ambiental pode estimular algumas indústrias a transferir operações da Grã Bretanha para países adeptos de regras menos severas quanto à tributação de emissões de carbono. Na prática, ele reiterou, essa taxação está tornando o Reino Unido mais dependente de importações e aumentando as emanações do gás na atmosfera. E completou clamando ao governo: “Dêem-nos custos de energia competitivos e incentivos para investirmos em novos ativos, de modo que as empresas façam sua parte construindo um futuro industrial forte e sustentável”