Ovo da serpente do excedente global de resinas, o fim do super ciclo de expansões na petroquímica mundial (1992-2021) deflagrou uma parada indigesta para o conglomerado sul-coreano Lotte Chemicals. Diante da permanência da superoferta de materiais sem alívio previsto, a companhia empreende, a partir deste ano uma sacudida de 180º no portfólio. Conforme noticiado em 28/10 no site Chemical Week, o plano é chegar a 2030 com o mostruário de petroquímicos básicos, fonte de 60% da atual receita da Lotte, enxugado em 30%. Por tabela, a ênfase em investimentos nesta categoria de produtos passará, no mesmo período, ao negócio de especialidades químicas.
Por trás da guinada, pulsa a meta de arrecadar ao redor de US$ 1 bilhão com a venda de participações em subsidiárias internacionais. Nos EUA, a petroquímica sediada em Seul cogita passar adiante, até dezembro próximo, 40% de sua participação na Lotte Chemical Louisiana (LCL) por cerca de US$ 477 milhões. A controlada dispõe de 700.000 t/a de capacidade de monoetileno glicol (MEG), insumo-chave de PET. Concretizada essa transação, o controle acionário detido na LCL pela Lotte Chemical USA Corp murchará de 100% para 40%. No mais, a Lotte também espera embolsar ao redor de US$ 505 milhões com a venda de não especificada fração societária na controlada Lotte ChemicaI Indonesia n(LCI) em 2025, mesmo período em que esta subsidiária agenda partir, no polo industrial de Cilegon, um cracker de 1 milhão de t/a de eteno; 520.000 de propeno e 140.000 de butadieno.
