Monge budista combate poluição plástica em rio

Abade tailandês instala recicladora no terreno do seu templo
Abade Phra Mahapronom Dhammalagn Karo: despoluição do rio deslanchou com remoção de lixo plástico pelo barco Hippo.
Abade Phra Mahapronom Dhammalagn Karo: despoluição do rio deslanchou com remoção de lixo plástico pelo barco Hippo.

Com a ideia fixa de despoluir o rio Chao Praya, o abade tailandês Phra Mahapronom Dhammalagn Karo contruiu um centro de reciclagem no terreno do seu templo Wak Chak Dareng, na região da capital Bangcoc, relata reportagem recente do jornal inglês The Guardian. De início, o religioso budista conseguiu coletar na média de 300 t/a de sucata plástica para envio à reciclagem. No entanto, logo percebeu que o trabalho não bastava para restaurar o rio.

A dedicação do monge o aproximou de Tom Peacock-Nazil, CEO da Seven Clean Seas, ONG sediada na Indonésia e dedicada a erradicar a poluição plástica marinha. Desse entendimento resultou o lançamento no período julho/agosto último do barco doado Hippo, movido a energia solar e capaz de remover das águas 1.400 t/a de detritos como plásticos pós-consumo encaminhados à recicladora na ativa na área do tempo.

O Chao Praya, descreve a matéria do The Guardian, é o maior curso d’água da região central do país, ligando em extensão acima de 370 km a província nortista de Nakhon Sawan ao Golfo da Tailândia. O rio é o habitat de espécimes sob risco de extinção, a exemplo de um bagre gigante e do peixe tigre siamês. Na área de Bangcoc, o Chao Praya é uma artéria para trânsito de balsas, canoas e ônibus aquáticos.

Projeções da ONG holandesa Ocean Clean Up atestam que o rio tailandês despeja em média 4.000 t/a de resíduos plásticos no mar. O governo da Tailândia multa em € 220 por infração flagrada o ato do descarte incorreto, mas a reportagem do The Guardian assinala que, mesmo ilegal, o costume de se jogar lixo plástico no rio é imemorial e constante.

Quando começou sua cruzada contra a desova de sucata de qualquer material no rio, o abade Mahapronom descobriu ser parada dura convencer as pessoas a entregar os resíduos no templo. Para seduzi-las, dizia à população que essa destinação correta constava entre os valores que um bom budista deve prezar. Hoje em dia, completa o artigo, a Tailândia recicla 37% do plástico consumido e visa chegar a 100% em 2027, conforme programa a autarquia Pollution Control Department.

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