Recicladora química de PET pede falência

Preço da resina virgem e abastecimento insuficiente vitimaram a Ioniqa
Recicladora química de PET pede falência
Recicladora química de PET pede falência

Focada desde 2009 na reciclagem química de PET, processo de materialização discutível diante da via consolidada e mais barata da reciclagem mecânica da resina grau alimentício, a startup holandesa Ioniqa oficializou pedido de falência e decorrente proteção judicial contra credores, noticiou em 10/10, sem abrir o débito, artigo no site da consultoria Icis. À guisa de justificativa para a derrocada, a empresa admitiu em release que ainda levaria muito tempo até desfrutar balanço azul com sua tecnologia de reciclagem base glicólise.

O tiro de misericórdia no fiasco financeiro, assevera a reportagem postada, foi o preço baixo do superofertado PET virgem perante o custo do modelo de suprimento de resíduos da Ioniqa, dado como mesmo após 16 anos de existência da empresa. Outro fator influente foi a constatação de que exigências regulatórias para ampliar o abastecimento da recicladora ainda demoram bom tempo para serem sancionadas e entrar em prática. Ou seja, pressupôs a matéria, a implantação em larga escala tardaria a viabilizar economicamente a tecnologia patenteada pela empresa, surgida da sua separação da Eindhoven University of Technology onde foi criada. Devido a essa penúria incessante de matéria-prima e fôlego financeiro, a Ioniqa não transpôs até hoje para escala comercial a sua planta piloto de 8.000 t/a em Geleen, aberta para demonstração cinco anos atrás.

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