Planta de PTA da Ineos periga ser fechada

Justiça belga impõe norma considerada opressiva pela petroquímica inglesa
Planta de PTA da Ineos periga ser fechada

A intransigência de reguladores ameaça a sobrevida de veterana unidade de ácido tereftálico purificado (PTA), insumo de PET, controlada na Bélgica pelo grupo petroquímico britânico Ineos, assinala release de 8/10 do conglomerado. O pomo da discórdia é a exigência oficial para a unidade diminuir os níveis de cobalto gerados no processo, para além da redução de 80% prescrita e cumprida. O novo limite, contra argumenta a Ineos no comunicado, é 20 vezes superior aos prescritos na literatura técnica e 100 vezes menor aos requeridos na Polônia, por exemplo, onde a Ineos opera uma componedora de termofixos tipo resinas de poliéster insaturado e éster vinílicas.

A fábrica de PTA roda há 20 anos no complexo do grupo em Geel, município da região de Flandres. Como cobalto integra o processo catalítico, explica o release, quantidades microscópicas desse elemento estão na água residual. O histórico descrito pelo comunicado mostra que, pelas normas até aqui delimitadas, a planta pode rodar gerando 1.000 microgramas de cobalto por litro da água que é efluente industrial, mas a unidade habitualmente provê 750 microgramas/litro. Ainda assim, a Ineos concordou com a fiscalização em baixar a marca a 500 microgramas no máximo, passando a 120 em 2027, declínio orçado em gasto de € 20 milhões com anuência do governo local. Ocorre que duas ONGs discordaram, levaram o caso aos tribunais e assim foi homologada a determinação para a unidade de PTA atingir o novo e polêmico mini nível de cobalto na água sobrante da catálise. Segundo o comunicado da Ineos, o metal não é considerado substância prioritária na regulamentação da União Europeia sobre o tema.

“Essa sentença judicial é típica do que temos presenciado na Europa, onde reguladores voltam atrás em suas posições para  atender as demandas de ONGs determinadas a usar a legislação para estrangular a indústria química europeia”, esbravejou no release Jim Ratcliffe, presidente da Ineos.”Tratam-se de exigências deliberadamente impraticáveis e sem efeito ambiental,  mas convergirão para a desindustrialização do continente em larga escala e perda de trabalho para milhares de pessoas”.

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