A hegemonia da Ásia na produção mundial de PVC e PET sobe degraus com o anúncio da petroquímica indiana Reliance Industries sobre investimentos, de montante não revelado, em seus complexos locais de Nagothane e Dahej, conforme noticiado em 30/8 no site Chemical Week. Com término de construção estimado para 2026-2027, um projeto mira planta de 1.5 milhão de t/a de PVC e CPVC (clorado) e o outro consta de um fábrica de 1 milhão de t/a de poliéster, a ser integrada até 2027 a uma nova capacidade da ordem de 3 milhões de t/a do intermediário ácido tereftálico purificado. Nem um pio aparece no comunicado liberado em assembleia anual de acionistas sobre a produção adicional de paraxileno, notou o artigo de Chemical Week, petroquímico básico sem substituto na formulação de PTA. Em contrapartida, Mukesh Ambani, presidente da Reliance, apontou na oportunidade aos investidores a expansão de 15% na capacidade de óxido de eteno do grupo, passando para 45.000 t/a no exercício corrente. O dirigente também assinalou o intento de ampliar importações de etano dos EUA via três novos navios acrescidos aos seis da frota do grupo.
Ambani também destacou a construção em andamento em outro complexo da Reliance na Índia, em Hazira, de uma planta de 20.000 t/a de fibra carbono integrada ao insumo acrilonitrila. Em declaração anterior, a Reliance acentuou que a fábrica será uma das maiores do mundo no gênero, qualificando a companhia como formadora de preços mundial na fibra e na produção complementar de compostos com este reforço. O dirigente justifica essa iniciativa observando que a demanda global crescente de polímeros tradicionais exige, em paralelo, a oferta de novos materiais versáteis. “O consumo indiano de petroquímicos deve crescer com vigor nos rastros dos setores industrial, de bens de consumo e infraestrutura”, arrematou Ambani. “São expectativas que nos levam a ampliar nossas capacidades e a entrar em novas cadeias químicas.”