10 em 10 oráculos da petroquímica prescrevem o fechamento de capacidades para melhorar margens e minorar o excedente mundial de poliolefinas. Vergada por energia cara, escalas magras, rota custosa da nafta e demanda na retranca, a Europa é o lugar mais citado para o festival de cortes ou desinvestimentos. Em linha com essa visão, a holandesa LyondellBasell repensa a sobrevida de seis de seis de seus complexos petroquímicos no continente, relata artigo no site Chemical Week. Anunciada ao mercado em maio último, a ameaça do ponto final paira sobre os sites que operam em Berre-l’Étang, França; Münchmünster, Alemanha; Tarragona, Espanha; Brindisi, Itália; Carrington, Reino Unido e Maasvlakte, Holanda. No compartimento das poliolefinas, a soma desses ativos resulta nas capacidades de 870.000 t/a de eteno (dois crackers, nos sites francês e alemão); 445.000 de propeno; 638.000 de PE e 1.4 milhão de t/a de PP.
Os complexos na França, Espanha, Alemanha, Itália e Grã Bretanha figuram no bojo da unidade de negócios de Olefinas & Polímeros da LyondellBasell. Já o site alemão integra a divisão de Intermediários & Derivados e abriga também, em joint venture com a petroquímica Covestro, fábricas de óxido de propeno e estireno. No complexo na província litorânea de Brindisi, a LyondellBasell já fechara em 2023, por admitida obsolescência em tecnologia, escala e custos, uma unidade de 235.000 t/a de PP devota do processo Spherizone, causando grita da municipalidade na imprensa italiana, sob temor de perda de emprego e arrecadação de impostos.
Os sites assombrados pelo facão da empresa equivalem a 13% de sua capacidade global de eteno e poliolefinas. A propósito, este ano a LyondellBasell vendeu por US$700 milhões ao Ineos Group sua operação de óxido de eteno e derivados em Bayport, no Texas.