Desde 2016, quando 196 países assinaram em Paris acordo para deter o aquecimento global, 60 dos maiores bancos do planeta financiaram US$ 6.9 trilhões em projetos de mineração de fontes fósseis de energia de mais de 4.200 empresas, calcula relatório anual e com signatários como a entidade Indigenous Environmental Network. Noticiado no site do jornal inglês The Guardian, distingue, entre as firmas contempladas, empresas que degradam a Amazônia e o polo Ártico. Para piorar o constrangimento das casas bancárias, o relatório evidencia o que ativistas europeus denominam hipocrisia verde, ao lembrar que, em 2021, esses financistas se comprometeram, ao firmar a Net Zero Bank Alliance, com propósitos como trabalhar em linha com o esforço mundial para reduzir as emissões de dióxido de carbono. Por sinal, US$ 3.3 trilhões do total de US$ 6.9 trilhões emprestados pelos bancos a quem abraça combustível fóssil foram canalizados para empreendimentos de expansão da oferta dessa energia insustentável no duplo sentido.
Fala por si o balanço do relatório sobre os empréstimos contabilizados em 2023 para a exploração de petróleo, gás natural e carvão, esmiúça o The Guardian. Do montante de US$ 705 bilhões mundialmente repassado no período, US$ 347 bilhões referem-se à ampliação de capacidades e, em relação à cifra total, 30% dos financiamentos vieram de bancos dos EUA, caso do JP Morgan Chase bancando US$ 40 bilhões. O banco japonês Mizuho, pinça o estudo, emprestou US$ 37.1 bilhões. Na Europa, a fila foi puxada pela casa britânica Barclay’s, comparecendo com US$ 24.2 bilhões, enquanto o espanhol Santander (em seu site ele se diz “parceiro do Brasil na transição para uma economia mais próxima e sustentável”), financiou US$ 14.4 bilhões, crava o estudo dissecado pelo The Guardian. Já o Deutsche Bank participou com US$ 13.4 bilhões. Verde mesmo é dólar