Além de esbravejar na mídia e na barra dos tribunais, militantes climáticos partem nos EUA para tirar o tubo de oxigênio do caixa de quem explora energia de fonte fóssil. O banco europeu Barclays viu-se acuado nessa saia-justa em 2 de maio, na assembleia anual de acionistas realizada em maio, quando sua política ambiental foi repudiada por 24 investidores cujos ativos na veneranda instituição totalizam US$ 1 trilhão, relata artigo postado no site do Wall Street Journal.
Organizadora do movimento, a ONG ativista americana State Action também enervou o board do Barclays com petição assinada por 3.500 pessoas, entre testemunhas e moradores de New Freeport, no estádo da Pensilvânia, criticando o banco por apoiar a atividade de fracking (fracionamento hidráulico do xisto para obtenção de petróleo/gás) ali executada pelo cliente EQT Corp.
O Barclays anunciou em fevereiro ter atualizado sua política climática e, entre os ajustes inseridos, bradava o fim do financiamento de projetos de exploração de petróleo e gás. A State Action bradou na mídia achar insuficiente este comprometimento e, no escrutínio das regras reformuladas, pescou duas brechas vistas como inadmissíveis. Para começar, o banco assegurava zero crédito a projetos de fracking na Europa, mas não estendia o veto aos EUA, nº1 mundial nesse tipo de mineração. Além do mais, mantinha financiamento para planos de curto prazo para exploração e produção de alternativas não renováveis de energia, bojo onde cabem muitos projetos de fracking, nota a matéria do Wall Street Journal. Em seu website, o Barclays postou comunicado reiterando que projetos de retorno a longo prazo, contado do ínicio da produção do petróleo/gás, são o alvo exclusivo da sua recusa em financiar a atividade.