Com competitividade industrial pelos custos da energia piorados desde a guerra na Ucrânia, resultado da substituição dos gasodutos da Rússia pelo frete marítimo das importações de gás natural liquefeito, a Europa virou boi de piranha para petroquímicas globais com balanços deficitários. Formadora de opinião e preços em poliolefinas, a LyondellBasell embarcou na onda ao comunicar à praça, em 8 de maio, a decisão de submeter a pente-fino suas unidades na zona do euro, como já prenunciava o anúncio em abril do fechamento de um cracker de eteno via nafta em Gravenchon, na França.
Conforme artigo postado no site Icis, o CEO Peter Vanacker pretende aplicar a triagem embasado em três determinantes: a) investir em negócios em expansão e nos quais o grupo forma na liderança; b) investir em soluções circulares passíveis de gerar receita da ordem de US$ 1 bilhão até 2030 e c) mudar o foco da empresa dos controles de custos para o abrangente conceito de geração de valor.
Na Europa, pelo rastreio da Icis, a LyondellBasell hoje opera capacidade de eteno da ordem de 1.805 milhão de t/a, correspondente a 7,5% do potencial para produzir esse petroquímico básico existente no continente. Em PEAD e PEBD, a companhia controla respectivas capacidades de 1.250 milhão e 740.000 t/a. Dessa forma, comparece com participação de 18,4% na capacidade europeia do polímero de alta densidade e de 12,3% no âmbito do tipo de baixa densidade. Em PP e propeno, a LyondellBasell administra capacidade de 2.175 milhões de t/a para o polímero e de 990.000 para o monômero. Esse poderio equivale a 19,4% da capacidade europeia de PP e de 5,2% no caso de propeno. À margem das poliolefinas, a empresa possui ainda capacidade instalada de 680.000 t/a de estireno na zona do euro.