Juros intragáveis para domar a inflação, marretadas ambientalistas e sufoco imobiliário são estorvos, mas não turvam a perspectiva de continuidade da expansão, embora morosa, do setor plástico dos EUA, deixou claro Perc Pineda, economista chefe da Plastics Industry Association, em apresentação na feira NPE coberta pelo site Plastics News. Pelos seus cálculos, a indústria engorda 2,3% este ano sob inflação de 2,9% no país e, em 2025, progredirá apenas 1,7% sob inflação de 2,3%.
Do prisma dos mercados para produtos acabados de plásticos, Pineda solta, como referências para impulsionar o crescimento da cadeia, a demanda por componentes para caminhões leves e a aposta de que a produção de autos em geral nos EUA irá beirar a marca anual de 15 milhões de unidades até 2028. Por sua vez, bebidas, alimentos e produtos médicos devem seguir em expansão estável no consumo de plásticos, o economista. O principal ponto a desejar nas previsões para o setor, ele assinalou, é a crise imobiliária norte-americana, ilustrada por fatores arqui propalados como o declínio de hipotecas e a desvalorização radical e esvaziamento de prédios corporativos, sob impacto do crédito caro e home office.
No fecho de sua exposição, Pineda destacou a liderança conquistada em 2023 pela transformação norte-americana nas importações globais de maquinário para plástico. Ela respondeu por fatia de 12,1% dessas internações, seguida pela China, com 11,.2% e, reflexo dos esplendores do nearshoring, pelo México, com 5,4%. Já no plano do mercado global de bens em geral relacionados a plásticos, Pineda atribuiu a dianteira no ano passado à China, com vendas da ordem de US$ 234 bilhões. Degraus abaixo vieram os EUA, com US$ 181 bilhões; Alemanha, com US$ 140 bilhões; Itália, com US$ 64,8 bilhões e Bélgica com US$ 64,6 bilhões.