A trading SCG Plastics, integrante do conglomerado petroquímico tailandês SCG Chemicals PLC concordou em pagar US$ 20 milhões ao governo norte-americano, resultado de 467 aferidas violações das sanções impostas pelos EUA ao Irã, conforme noticiado em sites da imprensa, como Bangkok Post e Wall Street Journal. O estopim da penca de infrações foi a comercialização, por nove anos, de PEAD iraniano. A resina era ofertada pela trading como de outras origens. Com esse drible burocrático, ela conseguia o processamento da transferência de recursos para suas transações por instituições financeiras dos EUA. Se estivessem cientes da verdadeira procedência do polímero, elas negariam o repasse, submissas às punições determinadas por Washington para a república teocrática islâmica presidida pelo Aiatolá Ali Khamenei.
À sombra desse estratagema, em regra informando como procedência do polímero outros países asiáticos, a SCG Plastics totalizou US$ 291 milhões em transferências bancárias dos EUA relativas às suas vendas de PEAD do Irã entre 2009 e 2018, com intervalo de 2013 a 2014, relatou em abril a mídia internacional. A resina era fornecida pela Mehr Petrochemical Company, joint venture da SCG Chemicals e a estatal iraniana National Petrochemical Company. Ao flagrar a fraude, o Departamento do Tesouro dos EUA constatou que, com essa constante violação das sanções, a transferência bancária desfrutada pela trading também beneficiou o setor petroquímico iraniano, uma das principais fontes de recursos para o regime com o qual Washington cortou relações diplomáticas. Durante os nove anos da prática ilegal, a SCG Plastics colocou no mercado, em especial na Ásia, em torno de 60% da capacidade instalada de PEAD da Mehr.
Em 2022, a SCG Plastics deixou de operar oficialmente por ter sido incorporada à petroquímica tailandesa Thai Polyethylene, subsidiária da SCG Chemicals.