Evangelista da sustentabilidade, a Coca-Cola não mede esforços para identificar como esqueléticas as suas garrafas plásticas. O passo mais momentoso nessa direção virá à tona no mercado norte-americano, onde a empresa persegue a meta de reduzir seu uso de PET nos recipientes a cerca de 3 milhões de t/a em 2025, conforme adiantou ao site Plastics Today Alejandro Santamaria, diretor sênior de inovação e desenvolvimento global de embalagens. Dessa forma, a empresa acalenta baixar em 800 milhões de unidades a quantidade de garrafas que comercializar no ano que vem versus 2024 nos EUA e Canadá.
Nos últimos 10 anos, rememora Santamaria, a Coca-Cola logrou diminuir de 27 para 21g o peso de suas garrafas PET, mediante atualizações no design original, considerado indevido para suportar a leveza crescente, e avanços como a continuidade do efeito borbulhante e evitando perda de dióxido de carbono.
O projeto envolveu equipes de P&D, controle de qualidade, cooperativas, designers e 64 engarrafadores independentes (incluso um do Canadá). O plano foi iniciado em abril de 2021, passou à implantação em março último. A mesma estratégia, a partir da reformulação do design, está em andamento para reduzir de 21 para 18,5g o peso da garrafa, mediante iniciativas como a projeção de novos moldes para injetar pré-formas e ajustes em quesitos de etapas como envase, tamponamento e rotulagem. O desafio-chave, sublinha o diretor, tem sido conciliar a reconfiguração do design e estrutura das garrafas com a preservação da qualidade da bebida acondicionada. Em paralelo, ele comenta já ter sido lançado pela Coca-Cola nos EUA o plano de adotar 100% PET reciclado grau alimentício em todas as garrafas plásticas de 20 onças líquidas americanas (591,471ml) desse refrigerante produzidas nos EUA e Canadá.