Apesar do aumento superior a cinco milhões de toneladas, aferido em 2023, em sua capacidade produtiva de PE, a China fechou o exercício passado com aumento marginal de 1% em suas importações da poliolefina, saldo de 13.2 milhões de toneladas, atesta a consultoria ChemOrbis. Apesar de um fiapo, o percentual positivo contrasta com os respectivos declínios de 20% e 7% nos desembarques de PE do exterior na China em 2021 e 2022. Nesses dois anos, aliás, as exportações saltaram 16% ao ano, acumulando 847.000 toneladas no último exercício.
A depuração dos indicadores de 2023 revela recuo de 13% nas importações chinesas de PEAD, com saldo de 5.1 milhões de toneladas internadas. Foi o mesmo volume aferido no compartimento de PEBDL, resina com importações cerca de 15% acima do registrado em 2022. Por fim, as importações de PEBD pela China somaram ao redor de 3 milhões de toneladas no último período, avanço da ordem de 2% sobre as internações quantificadas em 2022.
Vergada pela economia desnutrida, a China cortou no ano passado suas compras externas de materiais como PE, o que também explica, ao lado da produção local crescente, o aumento de 1% nas importações da poliolefina. Entre os países exportadores de PE para a China, todos acusaram queda nas remessas durante o ano passado, exceto os EUA, cujas vendas ao mercado chinês mais que duplicaram em 2023, totalizando então por volta de 2.6 milhões de toneladas. Este volume rendeu à petroquímica norte-americana a dianteira no ranking das importações de PE pela China com participação de 18% nos volumes internados e destronando então a Arábia Saudita, líder desde 2016, e aquinhoada com parcela de 17,5% no resultado de 2023. Entre as justificativas para a dianteira assumida pelos EUA estão os preços ultra atraentes do seu etano e a partida de novas capacidades locais de PE. Por sinal, compara a ChemOrbis, a capacidade instalada de PE nos EUA equivale ao triplo da existente na Arábia Saudita.