Três anos depois de instituir a tributação, o governo sueco voltou atrás ao agendar para 1 de novembro a abolição da taxa de € 0.25 por sacola plástica de saída de caixa adquirida, informam os sites Trioworld e Sustainable Plastics. Já em 2020, quando entrou em vigor, a taxação da sacola descartável logo motivou algumas lojas a remarcarem o preço individual da sobreembalagem a nÍveis como € 0.59.
O tributo foi sancionado como parte do esforço para alinhar a Suécia à meta abraçada pela União Europeia (UE), de restringir na zona do euro a compra anual dessas sacolas a 40 unidades per capita, em louvação ao desenvolvimento sustentável. No entanto, a experiência demonstrou ao governo do primeiro ministro Ulf Kristersson dois indigestos efeitos colaterais: o inchaço dos custos administrativos e o aumento do consumo de alternativas de sobreembalagens piores que as plásticas no quesito da circularidade, presumível caso das sacolas de papel, cuja manufatura demanda mais energia e água que as de polietileno. No exercício de 2019, quando esta controversa taxa ainda era apenas um brilho nos olhos de seus idealizadores, a média sueca era de 74 sacolas plásticas adquiridas por pessoa. A tributação acarretou queda lógica no movimento da sobreembalagem, mas o resultado final demonstrou não compensar a permanência da garfada no bolso do contribuinte.