A queda de braço travada com reciclados importados e resinas locais virgens off spec tem instaurado uma barafunda nos preços para os recicladores da União Europeia (EU) e um excedente no suprimento de resíduos plásticos duro de atenuar num momento de demanda em banho maria, conforme noticiado pelo site Sustainable Plastics. Resina mais reciclada no planeta, PET dá o tom de uma turbulência em preços que, no consenso do mercado europeu, deve prosseguir com vié baixista e sem alterações por este semestre adentro.
Levantamento de Sustainable Plastics descreve o clima instável para os preços médios em euros e por tonelada na União Europeia (UE) para o poliéster reciclado (rPET): flakes coloridos eram cotado em abril na média de € 850-950 e em junho, € 750-810. Flakes transparentes, saíam em abril a média de €1.390-1.560 e em junho,€ 1.140- 1.300 e, para reciclado grau alimentício, a cotação média em abril era de€ 1.870-2.050 e em junho, € 1.670-1.880.
No cercado das poliolefinas, o clima não varia muito. Na tabela compilada por Sustainable Plastics, os valores vigentes em abril na UE para a tonelada de rPEAD em cores claras para sopro eram de € 940-1.040 e em junho, € 860-960. Para a versão preta de rPEAD para injeção o preço médio em abril era de € 950-1.050 e, em junho, € 910-1.010. No compartimento de rPEBD, a tonelada da resina para filme natural esteve cotada em abril na média de € 1.360-1.460 e em junho, €1.300-1.360. Por sua vez, pellets de rPEBD translúcidos para filmes eram cotados em abril na média de € 1.200-1.300 e em junho, € 1.120-1.220. Por fim, pellets de rPEBD pretos para extrusão tinham preços estimados em abril na média de € 630-670 e em junho, € 620-690.
O mesmo viés declinante transparece dos indicadores publicados por Sustainable Plastics para rPP. A tonelada de homopolímero reciclado preto era orçada em abril na média de € 1.110-1.210 e em junho, € 1.010-1110. Quanto a copolímero reciclado preto, em abril sua cotação pairava na média de € 1.310-1.370 e em junho, € 1.220-1.280. Por mais que esbraveje uma corrente de analistas, contrária a confrontar preços de resinas virgem e recicladas por serem matérias-primas provenientes de diferentes processos, cenários como os da UE e do Brasil, com PCR hoje mais caro que plástico novo em folha, provam que, seja onde for, o bolso continua a falar mais alto que a adoração pela natureza na hora de pagar pela resina.