Entre os 10 destinos top do mega excedente mundial de poliolefinas, puxado pela Ásia e EUA, a América do Sul hoje exibe uma capacidade produtiva nominal da ordem de 5,1 milhões de t/a de PE e perto de 3 milhões de toneladas no caso de PP, dimensiona a respeitada analista Polyolefins Consulting. No plano geral, as fábricas dos cinco produtores de PE e seis de PP na região acusam vida útil avançada, tecnologias licenciadas décadas atrás e capacidades abaixo do atual padrão internacional, da ordem de 1 milhão de t/a. Retomando o fio, a Polyolefins Consulting assinala que, no compartimento de PP, a produção sul-americana é formada no Brasil pela Braskem; na Argentina, pela Petrocuyo; no Chile, pela Petroquim; na Colômbia, pela pequenina unidade da Essentia e, na Venezuela, pela planta da Propilven. Quanto a PE, é produzido no Brasil pela Braskem; na Argentina, pela Dow: na Colômbia e, pela Ecopetrol e na Venezuela pela Polinter.
Sem formar preços internacionais nem influir em magnitude da demanda ou contribuições significativas em tecnologia, a petroquímica de poliolefinas sul-americana opera sem perspectivas de expansão, inclusive por falta de competitividade a montante da cadeia (upstream). A título estrito de referência mais concreta do porte do setor sul-americano, a Polyolefins Consulting deixa claro que, em PE, ele representaria em torno de 15% da capacidade norte-americana de 32,8 milhões de t/a em 2022, a cargo de 18 produtores e equivaleria a cerca de 13% da capacidade norte-americana de 8,2 milhões de t/a de PP, integrada por 12 produtores.