Seguradoras e equipes de segurança de petroquímicas dos EUA podem dormir mais tranquilas. O risco de acidentes e paradas não programadas na temporada de furacões deste ano, de 1 de junho a 30 de novembro, tem baixa probabilidade de eriçar os nervos, sustenta em comunicado a entidade NOAA, agência norte-americana de monitoramento nacional das condições oceânicas e atmosféricas. No radar da autarquia, admite-se a hipótese de ocorrer de 12 a 17 temporais, dos quais de 5 a 9 com probabilidade de resultarem em furacões. A propósito, uma tempestade faz jus à nomenclatura técnica da agência se tiver ventos na faixa de 63 km/h. Já um furacão no nível 1 apresenta ventos de 119-153 km/h e no nível 5 (máximo), a partir de 252 km/h. Para a NOAA, a temporada deste ano tem 40% de chances de ser normal; 30% de ficar abaixo da média e 30% de ficar acima.
Uma das razões içadas pelos meteorologistas da NOAA para os furacões sossegarem este ano é o provável suergimento de El Niño no verão dos EUA. A NOAA identifica El Niño como um padrão de clima associado a aquecimento da temperatura superficial do Oceano Pacífico e ele tende a abortar a atividade de furacões por aumentar a quantidade de ventos que sopram do oeste para leste em latitudes intermediárias no Caribe. Segundo a agência, eles podem dissolver a formação de furacões no nascedouro. No arremate de suas tabulações, a NOAA reitera que, na temporada deste ano, de um a quatro temporais podem se metamorfosear em furacões, do tipo tão temido pelas unidades petroquímicas baseadas na Costa do Golfo, nos estados do Texas e Louisiana.