Entre os azeites de oliva, a categoria extra virgem, cultuada pela alta gastronomia, é o último bastião desse tempero à base de azeitonas no qual a embalagem de vidro ainda reina, como alusão à nobreza e requinte do conteúdo com acidez abaixo de 0,8% e desprovido de qualquer refino químico em sua composição. Pois este paradigma acaba de ter seus alicerces abalado numa embaixada desse azeite da culinária elitista, a Itália, com a adoção da garrafa PET por um fabricante campeão de vendas no gênero. Com suas culturas nas proximidades de Perugia, capital da Úmbria e aos pés do rio Tibre, a Monini trocou o vidro por garrafas PET para o exclusivíssimo azeite da marca Classico nas versões de 450 e 650 ml. O lançamento transcorreu sem chiadeira na mídia europeia emitida por algum gourmet ortodoxo contra a migração de componentes da garrafa adulterando o sabor do conteúdo. Verdes translúcidas, recicláveis e leves (o recipiente de 450 ml pesa 28 g), as garrafas de Monini Classico mantêm a praxe de superar a funcionalidade das frágeis rivais de vidro, inclusive por serem comprimíveis, possibilitando assim, com apoio suplementar de dosador no gargalo, a aplicação de quantidades mais precisas do azeite em saladas e demais pratos que o exijam. Também demandam menos energia que as de vidro na sua manufatura e transporte. Encomendadas ao transformador Molipack, as novas garrafas de Monini Classico foram desenhadas pela fabricante italiana de sopradoras Sipa, para fornecimento por sua máquina linear SFL 4/4.
Recicladora química de PET pede falência
Preço da resina virgem e abastecimento insuficiente vitimaram a Ioniqa