Ascensão e queda das cisternas de PE
O melancólico saldo dos 18 anos do programa social Cisternas, no bojo do Ministério da Cidadania, traduz a ascensão e queda de uma menina dos olhos da rotomoldagem brasileira de polietileno (PE).
Ação promotora da implantação no semiárido de reservatórios de cimento e plástico para acesso de água para consumo humano e produção de alimentos, o programa contemplou 1.200 municípios com 1,3 milhão de cisternas, entrega que atingiu o recorde de 149.000 reservatórios pelo governo Dilma em 2014, bateu o pino no governo Temer e, no exercício atual de calamitosa sofrência hídrica e mesmo com verba liberada de R$ 32 milhões, nenhuma cisterna foi doada até o momento, atesta reportagem do jornal Valor Econômico.
Segundo a entidade Articulação do Semiárido, assinala a mesma matéria, mais de 350.000 famílias aguardam as cisternas do governo. Uma referência da relevância do programa para a rotomoldagem aflora de uma promessa oficial bradada em 2011: seriam entregues 750.000 reservatórios até 2014, dos quais 300.000 rotomoldados.
Essa perspectiva liberou uma torrente de investimentos em cisternas de PE, com destaque para a versão familiar de 16.000 litros. Em 2015, no embalo da quentura no segmento de cisternas, Plásticos em Revista registrava a previsão da Braskem de que o consumo da poliolefina em rotomoldagem rondava 175.000 toneladas. Impacto da descida da ladeira: medição da Abiplast atribui ao segmento de rotomoldagem, encabeçado por PE, a esquelética participação de 0,7% na produção total de 7,3 milhões de toneladas de artefatos plásticos no ano passado.
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