Ambev se acerca das embalagens sem PET virgem
Sem a conotação negativa que marca a pandemia, a febre de coquetelaria que toma o Brasil teve, entre outros prós, o efeito de inflamar as vendas de gim e, no rastro delas, tornou sedenta a procura por água tônica. Antenada em novos hábitos do consumidor, corroborados no caso pela proliferação de receitas de gim tônica nos balcões e na mídia, a Ambev introduz sua água tônica Antarctica em versão de um litro, nas vestes de uma garrafa de PET cujo rótulo sleeve de polietileno toma o corpo inteiro da embalagem.
Procurada por Plásticos em Revista para explicar a adoção desse tipo de rótulo, que exige sua separação da garrafa transparente pós-consumo antes de a embalagem seguir para a reciclagem, a Ambev argumenta que o sleeve contribui para garantir a qualidade e durabilidade do líquido. “Estamos testando duas alternativas para que esse material seja facilmente separado da garrafa pelo consumidor ou no processo de reciclagem”, acrescenta a empresa. Na esteira, a Ambev informa que a nova garrafa de sua tônica contém 30% de PET reciclado grau alimentício e “estamos trabalhando para chegar a 100% até 2022”.
Numa planejada pisada no calo dos copos de poliestireno e polipropileno, a Ambev já submete a testes a máquina de refil de bebidas desenvolvida com a startup Avoid, para baixar o volume de embalagens descartáveis em circulação. O projeto piloto é assegurado como inédito no mercado de refrigerantes e terá como foco inicial a marca Guaraná Antarctica. A iniciativa prevê a redução por volta de 1 t/a de copos de uso único por máquina, além de diminuir o consumo de água centralizada e evitar a emissão de CO2 durante o transporte e armazenagem.
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