O balanço agridoce da distribuição de resinas
Reflexo condicionado da queda de 4,5% na produção industrial brasileira em 2020, a distribuição nacional de resinas fechou o ano passado com declínio nos volumes de vendas. Inclusos no cômputo resinas e filmes biorientados, a Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins (Adirplast) calcula em 8,5% a queda no movimento geral do último período, projetado em 438.392 toneladas.
Desse total, as resinas responderam por 400.595 toneladas ou 11% abaixo do saldo de 2019 e os polímeros mais comercializados no varejo- poliolefinas e poliestireno- somaram vendas dimensionadas pela entidade em 374.526 toneladas ou 5,1% aquém do balanço de 2019. Laercio Gonçalves, presidente da Adirplast, calcula na faixa de R$ 4,5 bilhões a receita acumulada no ano passado pelo quadro de filiados da associação, desfalcado aliás pela recente saída de dois pesos-pesados, as distribuidoras Piramidal e Mais Polímeros.
Embora a entidade não detalhe meandros do referido faturamento, fatos como o dólar caro e instável; limitada disponibilidade mundial de resinas e frete para importações; a insuficiência doméstica de resinas locais em contraste com a demanda ligada no maçarico (em especial embalagens e materiais de construção) e o acompanhamento dos preços internacionais pelas petroquímicas brasileiras convergiram para embelezar as margens de lucro dos seus distribuidores.
Uma referência nesse sentido é o aumento nos preços internacionais aferido no período de maio a dezembro último pela consultoria norte-americana Platt’s para as seguintes resinas commodities: PVC, 143%; PEBDL, 69%; PEBD, 108%; PEAD (injeção), 34%; PEAD (sopro), 52%; PEAD (filme) 62%; PP (homopolímero), 70% e PP (copolímero), 66%.
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