Brasil: balanço do comércio exterior de resinas
Batata quente pererecando no colo do Brasil também neste início de 2021, a esquálida disponibilidade mundial e atordoador encarecimento de resinas e fretes, cortesia do corona e da lei da oferta e procura, trouxe as importações para o hipertenso epicentro do setor plástico nacional em 2020. Mas mesmo com a arqui noticiada carência de matéria-prima e o dólar nos píncaros, monitoramento da consultoria norte-americana Platt’s, apoiada em dados do nosso Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior, delimita em 1.079. 488 toneladas as importações brasileiras de polietilenos (PEBD, PEBDL e PEAD) no ano passado versus 936.931 toneladas em 2019. Por sua vez, o Brasil exportou 697.291 toneladas de PE em 2020, volume 14% mais magro que o saldo embarcado no período anterior. Os principais exportadores do termoplástico para o Brasil no ano passado, alinha a Platt’s em relatório de 13 de janeiro último, foram os EUA, com 602.711 toneladas desembarcadas; Argentina, com 238.919 e Canadá com73.497 toneladas. PP completa o time das poliolefinas e, na calculadora da Platt’s, o Brasil importou 384.584 toneladas em 2020 ou 2% a mais que em 2019, desembarques liderados pela Arábia Saudita com 109.942 toneladas; Colômbia com 108.354 e Argentina com 29.231. Na seara das exportações de PP, segue a Platt’s, o Brasil despachou 367.667 toneladas em 2020 contra 519.977 no exercício precedente. O acompanhamento do Platt’s envolvendo o mercado brasileiro de resinas fecha com PVC e, pelo cruzamento de dados da consultoria, o país importou 386.262 toneladas do vinil em 2020 ou 8% abaixo do volume trazido em 2019. Os maiores exportadores do polímero para cá foram a Colômbia, com 211.964 toneladas; Taiwan, com 41.141 e Argentina, com 34.677 toneladas. Na mão oposta, a Platt’s fixa em 45.220 toneladas as exportações brasileiras de PVC no ano passado versus 32.355 precedentes.
Simone de Faria, requisitada analista da consultoria norte-americana Townsend, totaliza em 2.002.265 toneladas as importações brasileiras de termoplásticos commodities em 2020. No âmbito de PE, ela fixa em 597.111 toneladas o volume então internado de PEBDL; 163.061 de PEBD; 319.327 de PEAD e 19.538 de copolímero de eteno-acetato de vinila (EVA). Quanto a PP, Simone aferiu o ingresso de 243.245 toneladas do grade homopolímero e 141.303 do tipo copolímero. Em PVC, a consultora constata importações brasileiras de 355.526 toneladas no último período.Na raia dos estirênicos, Simone projeta em 25.984 toneladas as importações de poliestireno cristal; em 13.823 as do polímero de alto impacto e em 38.844 toneladas o volume desembarcado de poliestireno expandido (EPS). Por fim, a analista registra a entrada no país de 84.513 toneladas de PET grau garrafa em 2020.
Calçada no radar da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) radiografa a conjuntura das resinas em 2020. No compartimento das importações, a entidade delimita para PVC o desembarque no país de 406.874 toneladas em 2020 e 421.027 em 2019. Para PET, as importações situaram-se em 84.513 toneladas no último período contra 68.944 no ano anterior. PS, por sua vez, marcou pela entrada de 39.808 toneladas no país em 2020 perante 39.374 em 2019. No front das poliolefinas, a Abiquim contempla PP com importações de 396.280 toneladas contra 390.623 precedentes. Já em relação a PE, a entidade afere, no âmbito da resina de baixa densidade (PEBD), importações de 164.761 toneladas em 2020 e de 144.439 em 2019. Quanto a PEBDL, o Brasil trouxe 245.939 toneladas no ano passado versus 191.766 no exercício anterior. Por fim, a Abiquim afere desembarque de 336.211 toneladas de PEAD em 2020 perante 286.566 em 2019. No plano das exportações, a Abiquim identifica para PVC a saída de 58.187 toneladas no ano passado contra 45.468 em 2019.Na seara de PET, a associação projeta as exportações em 161.522 toneladas em 2020 versus 154.620 em 2019. Já as vendas externas de PS nacional somaram 86.462 toneladas em 2020 frete 70.660 em 2019. Quanto a PP, a Abiquim dimensiona as remessas do Brasil em 371.186 toneladas no último período, bons degraus aquém das 532.372 despachadas em 2019. Em termos de PEBD, as exportações somaram 200.496 toneladas em 2020 contra 235.094 um ano antes. Para PEBDL, a entidade atribui exportações de 202.256 toneladas no ano passado versus 252.213 em 2019. O fecho do rastreamento cabe às exportações de 295.507 toneladas de PEAD em 2020, volume de leve inferior às 319.315 remetidas pelo Brasil em 2019.
Camila Mattos, gerente de comunicação da Abiquim, justifica as eventuais diferenças entre os indicadores da Abiquim e os de outras fontes com as Nomenclaturas Comuns do Mercosul adotadas por sua entidade no levantamento em questão. “Os códigos tarifários forma definidos pela própria Comissão de Resinas Termoplásticas, no intuito de manter a coerência e harmonia de levantamentos de comércio exterior com os demais acompanhamentos econômicos conjunturais dessas mercadorias”, ela conclui.
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