Mercado argentino restrito para plásticos de engenharia
Após quatro anos de desempenho frustrante, a Honda decidiu terminar com a montagem de carros na Argentina a partir de 2020, quando sairá do mix um SUV médio. A intenção anunciada é dedicar a fábrica na região metropolitana de Buenos Aires apenas para a produção de motocicletas.
A reação da montadora japonesa sintetiza o pesadelo vivido pelo setor de bens duráveis no país vizinho onde, segundo os últimos indicadores, cerca de 35% da população hoje são estratificados na classe pobre. A recessão que campeia nos estertores do governo de Maurício Macri respinga de bate pronto sobre a esqualidez dos volumes mobilizados de plásticos de engenharia, cujo mercado-chave são as autopeças.
A Argentina importa os polímeros nobres e os beneficia. Referências do impacto da crise sobre os principais materiais de engenharia transparecem do último relatório da Camara Argentina de la Indústria Plastica (CAIP). Em 2018, as importações de poliamidas (PA 6 e PA 6.6) totalizaram apenas 21.702 toneladas e as exportações dos seus compostos limitaram-se a 4.650 toneladas. Na esfera de policarbonato (PC), as importações fecharam 2018 com 9.245 toneladas, com exportações dos compostos fixadas em 447 toneladas.
Em estirênicos, as importações de copolímero de acrilonitrila butadieno estireno (ABS) e de copolímero de estirenmo acrilonitrila (SAN) acumularam no ano passado, respectivamente, em 7.070 toneladas e 1.029 toneladas com exportações desses dois copolímeros aditivados calculadas pela CAIP em simbólicas 22 e 19 toneladas.
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