Polietileno marca de perto as vendas crescentes de massas frescas
Em meio à sangria desatada de balanços deficitários em alimentos processados, as vendas de massas em geral saíram bem na foto de 2018 com avanço de 1,3% em volume e receita, atestam projeções da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi). Nesta mesma categoria, chama a atenção a subida no movimento de um nicho de maior valor agregado: massas frescas ou refrigeradas. Aliadas às pizzas, elas fecharam o ano passado com incremento de 1,4% no volume de vendas na faixa de 56.800 toneladas, dimensiona a Abimapi. Massas refrigeradas, em particular recheadas, constam de alimentos muito perecíveis, dependentes de barreira a gases providas por embalagens em regra laminadas e dotadas de atmosfera modificada e baixa permeabilidade ao vapor d’água, solução de acondicionamento na qual polietileno (PE) forma em geral entre os ativos fixos da estrutura.
“O principal tipo de embalagem adotado para massa fresca é a bandeja termoformada, em regra composta de camadas de diversos materiais, o que, muitas vezes, dificulta sua reciclagem”, pondera Nicolas Mazzola, gerente de pesquisa e desenvolvimento da Dow. Foi esta a inspiração para a empresa desenvolver estruturas de filmes termoformáveis de alta transparência e resistência mecânica, à base de grades de PE com barreira a oxigênio provida por copolímero de eteno e álcool vinílico (EVOH). “Denominada Phormanto, essa tecnologia possibilita a reciclagem da embalagem de massa fresca”, assegura o executivo. Outro ás que a Dow tira da manga para este reduto de embalagens é um grade da série de PE Innate. “Após a orientação biaxial do fiime (BOPE), ele confere excelência à selagem, propriedades ópticas e na resistência à punctura e ao impacto”, esclarece Mazzola. “Tratam-se de avanços capazes de afastar problemas habituais em embalagens de massa fresca, como a perfuração provocada por massas pontiagudas, uma fragilidade que abre caminho à infestação de fungos e bactérias”.
Único produtor de PE do Brasil, a Braskem também assedia o embalamento de massas refrigeradas com inovações em seu mostruário de grades. Uma delas é a resina aditivada de polietileno de baixa densidade linear (PEBDL) base metaloceno Proxess 1509 XP, destacado pela facilidade de processamento e estabilidade do balão na extrusão, tubular, além de proporcionar ganhos e vulto na selagem, resistência mecânica e apelos visuais e redução de amperagem, pressão e da temperatura de massa. No tocante ao shelf life da embalagem de massa fresca, a Braskem serve à mesa dois grades de alta densidade (PEAD): HE 150 e AC59. Conforme a empresa distingue, a primeira resina marca pela transparência superior à dos grades convencionais de PEAD, além de incremento da barreira ao vapor d’água e do índice de rigidez, não afetando as propriedades ópticas, mesmo em teores da ordem de 30% da formulação. Por seu turno, os chamarizes da resina AC59 são a elevada rigidez e a barreira ao vapor d’água e gordura.
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