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“Como toda a indústria brasileira, temos sofrido com os aumentos do custo da energia”, reconhece William dos Reis, diretor da unidade de negócios de máquinas para plásticos da Romi (estande K 298), pêndulo nacional em injetoras e sopradoras. Para amenizar esse baque, ele conta, a indústria de Santa Bárbara d’Oeste (SP) trata de enfatizar a racionalidade no uso de eletricidade, desde a fundição de peças aos testes finais das máquinas, e investe na substituição de equipamentos e processos defasados e de baixo desempenho energético. “Investimos, por exemplo, num sistema de Manufatura Flexível (FMS), cujos três centros B&W reduzem o impacto do gasto de energia na usinagem das peças”, ilustra Reis. Em contraponto, a empresa pega a pane de energia como deixa para difundir no mercado o casamento, em suas máquinas, da precisão e produtividade com um consumo de eletricidade já baixo e em declínio contínuo.
Reis prova o que diz com seus lançamentos na Feiplastic. Na série EN de injetoras, ele distingue, por trás da poupança energética, baixo nível de ruído, repetitibilidade e ganhos em velocidade nos movimentos pulsa a tecnologia denominada Stop and Go. “Fica a cargo de acionamento por servo bombas e diferenciais na hidráulica, mecânica e software resultando numa economia de energia de até 65% perante injetoras hidráulicas convencionais, munidas de bomba de vazão variável”, compara Reis. Esses predicados tomam vulto em duas linhas dessa série a postos no estande da Romi: a campeã de vendas EN 220 e a recém-chegada injetora EN 800, integrante da expansão da série até 1.100 toneladas de força de fechamento. “É acionada por duas servobombas, contemplando o processo com simultaneidade de movimentos entre a unidade injetora e o fechamento”, explica o diretor. O lançamento é equipado com guias lineares, frisa Reis, e sua placa móvel movimenta sem contato os tirantes, “conservando limpo o ambiente do molde”, ele completa.
Outro ás da artilharia da Romi, a série EL de injetoras com acionamentos elétricos, também reverencia a compressão do dispêndio de energia. “Essa economia pode chegar a 80% perante linhas hidráulicas tradicionais”, afiança Reis. Quanto à dobradinha produtividade & precisão, ele sublinha o aumento da performance da série proporcionado pelo recurso da simultaneidade de todos os movimentos, aliás outro ponto pró de diminuição do gasto de eletricidade. Na feira, a Romi tira esse discurso do papel com a exibição da injetora EL 300, talhada para parede fina e ciclo rápido e munida de acionamento elétrico em todos os movimentos, fora o encosto do bico e macho.
Na esfera das sopradoras da empresa, discorre Reis, o consumo de energia é despachado ao spa por uma amarração de recursos. “Essa economia decorre do motor acoplado direto na extrusora, controle de até 21 zonas de aquecimento no cabeçote e do sistema de acumulador de pressão e hidráulica dotado de válvulas proporcionais”, atribui o porta-voz da Romi. A junção desses predicados toma corpo na sopradora C5TS, destinada a frascos de até 10 litros e em ação na feira. “A excelência na distribuição de material na peça soprada é garantida pelo programador de parison para 512 pontos de ajuste e pelo monitoramento das zonas de aquecimento no cabeçote”, justifica Reis.
Ao estilo dominó, a recessão arrasta para baixo as vendas de máquinas para plástico no plano geral. “Mas mesmo nesse cenário, temos participado de projetos de transformadores voltados para a economia de energia e aumento  de produtividade mediante a renovação de equipamentos”, contrapõe o diretor, adicionando o peso do câmbio para cortar as asas da concorrência importada. A crise também não arrefece os cuidados da Romi com a retaguarda de sua operação de injetoras e sopradoras. “Investimos este ano num sistema verticalizado Miniload, para armazenagem e movimentação de peças com robôs transelevadores”, exemplifica Reis. “Ele nos permitiu centralizar e otimizar o estoque de peças, aumentando a velocidade na movimentação de materiais”.

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