Produção no capricho

Plast & Pack colhe os frutos do esmero na transformação
Plast & Pack: programas contínuos de qualidade e produtividade.

A indústria de alimentos cortou a produção em 6,2% em julho, o maior corte desde dezembro de 2014, a reboque do recuo na fabricação de açúcar, carne, suco de laranja, chocolate, biscoitos e leite em pó. Esse tipo de notícia, de fazer tiritar transformadores de plástico em geral, não parece ter ultrapassado o portão da Plast & Pack. “Historicamente, crescemos 15% ao ano e esse desempenho deve continuar em 2015 e 2016”, sustentam os sócios executivos Roland Rosenstock e Ricardo Bruni. “Em particular, estamos expandindo na esfera dos sistemas de in mold label (IML) e já temos em estudo com clientes seis projetos para o primeiro semestre do ano que vem”.

A eminência parda desse alto astral é o capricho inerente à produção centrada em embalagens de alimentos na paranaense Pinhais, cujo quadro de acionistas abriga ainda Maria Lúcia Rosenstock, esposa de Roland. Uma prova do resultado desse esmero é a transfiguração visível no parque fabril, desde a largada em 1997. “Partimos com uma termoformadora e uma injetora de 85 toneladas numa área de 300 m²”, expõe Rosenstock. Corte para hoje: a fábrica da Plast & Pack aloja em 6.000 m² um efetivo de 40 injetoras de 100 a 350 toneladas, além de duas sopradoras e a termoformadora da estreia, totalizando capacidade instalada da ordem de 6.000 t/a – em sua maior parte, embalagens de polipropileno (PP). Pelos cálculos de Bruni, a empresa adquiriu na última década na média de três máquinas ao ano. “As atividades de manutenção e modernização das linhas mobilizam em torno de 3% da receita anual, enquanto a compra de novos equipamentos responde por volta de 4% do faturamento, a depender dos projetos em andamento”, condiciona Rosenstock. A propósito, inserem os dois dirigentes, todo o time de injetoras roda com robôs e os moldes são em regra providos pela matrizaria RK. “O próximo passo para reduzir a interferência manual no processo será a alimentação das resinas para essas máquinas”, eles adiantam.

Rosenstock e Bruni: crescimento à margem da crise.
Rosenstock e Bruni: crescimento à margem da crise.

A fábrica opera em três turnos em regime de seis dias por semana, regida por 142 funcionários na produção e 12 na administração. Para manter em ponto de bala os conhecimentos do chão de fábrica, Rosenstock esclarece que um programa específico de treinamento é preparado ao início de cada exercício. “No mínimo, ele requer 40 horas por funcionário ao ano e a área de recursos humanos (RH) define com os gerentes e as necessidades em termos de know how de cada colaborador”. Irmãs siamesas dessa preparação são as ações em prol da excelência fabril. “Além de cumprirmos os procedimentos da Legislação de Boas Práticas de Fabricação, temos programas contínuos de qualidade e produtividade, a exemplo do credenciamento da empresa pela ISO 9000”, assinalam Bruni e Rosenstock. “Nossos resultados se refletem no índice de devoluções inferior a 0,5% dos fornecimentos de embalagens. É preciso dizer mais?” O zelo para com a qualificação da mão de obra e a confiabilidade do processo estende-se ao combate ao refugo gerado em linha. Aliás, a sucata da produção inspira as ações sustentáveis praticadas na planta. “Reciclamos 100% das aparas de primeira moagem, borras inclusas, e as reutilizamos em produtos próprios”, asseveram Bruni e Rosenstock. “Os demais resíduos sólidos seguem da fábrica para recicladoras parceiras os aproveitarem para segundo uso, a exemplo de refugo de sacaria de resina cujo reciclado vai para lonas e sacos de lixo”, eles ilustram. •

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