Pirataria 3D ameaça transformadores

Uma pergunta para Orlando Marin, sócio executivo da transformadora gaúcha de peças técnicas Plasmosul
Orlando Marin

PR – Como avalia o risco para o setor de peças técnicas contido na possibilidade de a impressão 3D favorecer a pirataria industrial, ainda mais num país com um Judiciário pouco confiável e onde predomina um consumidor de baixa renda e escolaridade e que pouco liga para a origem do produto adquirido?
Marin – É um problema mesmo. A impressão 3D é uma tecnologia que favorece o nosso setor, pois simplifica a manufatura e reduz o tempo de desenvolvimento de peças menores, complexas e destinadas a baixas tiragens. É um avanço tecnológico mundial, de penetração ascendente e todos os mercados caminham nessa direção, sejam peças técnicas, materiais de construção ou produtos associados a cosméticos, por exemplo. Mas o risco da pirataria 3D, pela facilidade de acesso a uma tecnologia acessível é um fato e, no Brasil, a situação se agrava com o baixo nível educacional da sociedade. Evidente que uma transformadora que depara com a reprodução marginal do seu produto vai procurar amparo legal. Mas eu desconheço se a nossa jurisprudência já está atualizada para legislar sobre a impressão 3D e seu uso indevido na pirataria industrial. Por sinal, a realidade do país demonstra que o Judiciário é bem mais eficiente em proteger a contravenção e a calhordice do que em zelar pelo reconhecimento dos direitos em casos como o de uma indústria que venha ser vítima de pirataria.

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