PE: China complicará desova do excedente dos EUA

Sem alarde, a China amplia sua autossuficiência em eteno e propeno, depositando uma pedra no caminho do futuro excedente norte-americano de polietileno, enxerga em análise o consultor Paul Hodges, blogueiro do portal britânico Icis. A autonomia perseguida pelo governo chinês vira a página na qual, anos atrás, o país prometia tornar-se o maior importador de produtos químicos do planeta. Hodges delineia a nova realidade grifando alguns tópicos do plano quinquenal traçado para o período 2016-2020. Na cadeia do eteno, ele cita, a autossuficiência da petroquímica chinesa era fixada em 49% da demanda local em 2015 e pende para chegar a 62% nos próximos três anos.Na esfera do propeno, repassa Hodges, autonomia medida em 67% em 2015 deve pular para 93% em 2020, conforme projetos de investimento já em construção. O consultor observa que a expansão a galope  da capacidade da China em eteno e propeno  dita o padrão de mudanças em outras áreas. Em 2014, exemplifica Hodges em sua avaliação, a China era o importador nº1 mundial de ácido tereftálico purificado (PTA), ingrediente chave para PET, e hoje tornou-se exportadora regular desse intermediário. Entre seus insumos, consta o paraxileno, emenda o blogueiro, revelando que a capacidade chinesa atual de 13,6 milhões de toneladas desse petroquímico básico ruma para atingir a faixa de 29,7milhões de toneladas em 2020. Com basenesse rol de premissas, Hodges antevê dificuldades para o excedente norte-americano de PE, calculado por ele na órbita de 4,5 milhões de toneladas, encontrar mercados internacionais para sua desova satisfatória, meta também fustigada pelo enfraquecimento do consumo sul americano do polímero, puxado pelo Brasil e Argentina.

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