NOVIDADE AUTOSORT TECNOLOGIA LOD** Detecção de Objetos por LaserEntre em contato para mais informações: TOMRA Brasil Ltda+55 (11) 3476-3500info-brasil@tomrasorting.com ATUALISE SEU SISTEMA COM BAIXO INVESTIMENTO ADICIONALSISTEMA INDEPENDENTEESTÁ ATENDENDO A PNRS?A TOMRA TEM A SOLUÇÃO PARA VOCÊ COM TECNOLOGIA DE PONTA EM CONSTANTE MELHORIAAMBULÂNCIAS Plástico com aditivo antimicrobianoajuda a baixar risco de infecções POLIESTIRENOFuturo do polímero questionado pela economia circularAgosto 2018 Nº 65056ANOS/plasticosemrevista/RevistaPlastico/plasticos-em-revistawww.plasticosemrevista.com.brECOPLÁSTICOSAS POUCO FALADAS CONTRIBUIÇÕES SUSTENTÁVEIS DAS RESINAS E MATERIAIS AUXILIARESAgosto/2018plásticos em revista3Na segunda metade do século XX, quando o plástico engati-nhava no Brasil, muitas embalagens ganharam a praça por terem sido propostas por transformadores daqui a indústrias de produtos de rápido consumo (alimentos, cosméticos, artigos de limpeza etc.). Era um tempo propício a essas práticas, pois havia um mundaréu de oportunidades para o plástico conquistar. Além do mais, a gestão das indústrias em geral era bem mais monocrática naquela época. Desse modo, o transformador submetia sua sacada, em regra algo visto por ele no exterior, em linha direta com a cúpula da empresa sondada.De lá para cá, essa cena virou ficção. Sob a interferência da globalização dos negócios e da cadeia de suprimento, completada pela especialização e subdivisão da gestão empresarial, aconteceu uma inversão de papéis. As indústrias de produtos de rápido consumo passaram, em regra, a liderar a determinação de como suas embalagens devem ser, relegando o transformador daqui ao papel de um parceiro coadjuvante, quase um cumpridor de ordens e ajustes. Por tabela, aquele ímpeto audaz dos empreendedores da nossa primeira fornada da transformação, de propor no escuro novidades captadas pelo seu faro, também se diluiu com a pulverização de instâncias decisórias em empresas onde antes eles botavam as ideias cara a cara com o poder supremo. Agora, uma sacada dessas passa primeiro pela lupa de marqueteiros, analistas de mercado e de laboratório, designers, engenheiros industriais e por aí vai até que, com sorte e remendos, a proposta sobe bom tempo depois para o olhar do olimpo da companhia. Pois este jogo pode mudar de novo. O tapete vermelho hoje es-tendido para louvação da economia circular por indústrias de produtos de rápido consumo as põe contra a parede. Diversas embalagens e materiais de uso consolidado nessas empresas estão na linha de tiro ambientalista, por motivos como a reciclagem complexa e cara, coleta e separação do descarte pós-consumo trabalhosas e economicamente inviáveis etc e tal. O diabo é que, hoje em dia, ordenar a solução capaz de substituir a embalagem rejeitada ou adequá-la aos mandamentos da economia circular depende de uma gama de informações e especifica-ções de processo e performance que escapa da vocação e erudição das indústrias de produtos de rápido consumo. Para ilustrar o tamanho da encrenca, eis um trecho da publicação Caderno de Tendências 2019-2020 recém lançada pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. “O desafio para o setor é descobrir outras formas para continuar diminuindo o impacto ambiental que as embalagens podem produzir. E é importante mesmo continuar com esse olhar. Uma pesquisa realizada pela Euromonitor sobre Ethical Living (Vida Ética) apontou que, para um crescente número de consumidores, a percepção positiva sobre um produto não depende apenas do design da embalagem, mas também da forma como ela protege o ambiente interno (o produto) e não prejudica o externo (o meio ambiente)”. Por essas e outras, formadores de opinião em produtos de rápido consumo hoje papagueiam na mídia a meta de tornar sustentáveis suas embalagens daqui a alguns anos e, para cumprir a promessa, buscam uma aproximação maior da cadeia do plástico, atrás daquela expertise fora do seu alcance. A título de referência dessa carência de conheci-mentos, Plásticos em Revista tem procurado com assiduidade indústrias alimentícias e de bebidas (domésticas e múltis) devotas da economia circular para perguntar, por exemplo, se irão, como e quando trocar suas irrecicláveis embalagens multimaterial. A entrevista é sempre negada.Tal como já fazem os produtores de resinas, os transformadores nacionais têm tudo para se envolver nesse esforço contribuindo para ajudar a decifrar o enigma do desenvolvimento de substitutos das embalagens condenadas pela economia circular. Vale o mesmo, aliás, para a concepção de embalagens mais ajustadas aos parâmetros dos filões ascendentes do atacarejo e do varejo digital, por exemplo. Não se trata de inventar a roda, mas de seguir a rota de adaptação à nova realidade já trilhada pelos principais transformadores de embalagens nos mercados desenvolvidos. Por sinal, a pressão ambientalista já levou há anos indústrias de produtos finais locais e múltis a contra-tarem gente qualificada para tocar divisões de sustentabilidade. “Até hoje desconheço indústria transformadora nacional que tenha feito o mesmo”, atesta Amarildo Bazan, diretor da Wise, ás da reciclagem de poliolefinas no Brasil. Já passou da hora desse dever de casa.•De volta ao time Economia circular pode conferir ao transformador um papel titular no desenvolvimento de embalagensEDITORIAL 42 Sustentabilidade VASAP DESIGNEmpresa goiana deslancha com vasos assinados de PE reciclado44 Tendências VAREJO DIGITALPlataforma Supermercado Now inspira avanços em embalagens 46 LIV UPLaminados reinam em refeições congeladas ofertadas para internautas Agosto/2018Nº 650 - Ano 56DiretoresBeatriz de Mello HelmanHélio HelmanREDAÇÃODiretorHélio Helmaneditor@plasticosemrevista.com.brDireção de ArteSamuel Felixproducao@plasticosemrevista.com.brADMINISTRAÇÃODiretoraBeatriz de Mello Helman beatriz.helman@definicao.com.brPublicidadeMônica Dieguesmonica@plasticosemrevista.com.brSergio Antonio da Silva sergio@plasticosemrevista.com.brInternational SalesMultimedia, Inc. (USA)Tel.: +1-407-903-5000Fax: +1-407-363-9809U.S. Toll Free: 1-800-985-8588e-mail: info@multimediausa.comAssinaturasKeli OyanAssinatura anual R$ 110,00Plásticos em Revista é uma publicação mensal para a indústria do plástico e da borracha, editada pela Editora Definição Ltda.CNPJ 60.893.617/0001-05Redação, administração e publicidadeRua Sergipe 305 - casa 05São Paulo - SP - CEP 01243-001Telefax: 3666-8301e-mail: definicao@definicao.com.brwww.plasticosemrevista.com.brAs opiniões contidas em artigos assinados não são necessariamente endossadas por Plásticos em Revista.Reprodução permitida desde que citada a fonteCTP e impressãoMAISTYPECapaSamuel Felix Foto da CapaShutterstockDispensada da emissão de documentação fiscal, conforme Regime Especial - Processo DRT/1, número 11554/90, de 10/09/90Circulação: Setembro/2018SUMÁRIO06 Visor ELETROPORTÁTEISCrise não trava evolução nas peças de plásticos de engenharia14 Conjuntura POLIESTIRENOEconomia circular contesta embalagens e descartáveis da resina 18 Oportunidades ADITIVOS ANTIMICROBIANOSO mercado por trás do risco de infecções em ambulâncias20 Sensor DURO PVCLeonardo Brito Ferreira abre a estratégia para contornar a construção civil no vermelho22 3 Questões BRUNO IGEL E AMARILDO BAZANDiretores da recicladora Wise revelam novas ações rumo à excelência na recuperação de PE e PP26 Especial/plasticosemrevista/RevistaPlastico/plasticos-em-revistaAgosto 2018 Nº 65056ANOSECOPLÁSTICOSAS POUCO FALADAS CONTRIBUIÇÕES SUSTENTÁVEIS DAS RESINAS E MATERIAIS AUXILIARESAgosto/2018plásticos em revista6ELETROPORTÁTEISVISORUm ancoradouro de primeira para plásticos de engenharia, a indús-tria de eletroportáteis atravessa este ano com o coração na boca. “Os prognósticos realizados em janeiro apontavam para um crescimento entre 15% a 20%”, assinala José Jorge do Nascimento Junior, presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrôni-cos (Eletros). “Mas impactos da greve dos caminhoneiros, a grande variação cambial e o encarecimento dos produtos e insumos importados colocaram intensa pressão sobre a manutenção dessa taxa original de expansão e, pelas estimativas mais recentes, podemos terminar 2018 sem crescimento”.A Eletros registrou a venda de 30 milhões de eletroportáteis no primeiro semestre. “O volume foi 13% superior ao do mesmo período em 2017”, compara o dirigente. Essa alta, ele interpreta, reflete a esboçada retomada gradual da economia, notada em especial no primeiro trimestre do ano. “Os indicadores demonstravam então queda no desemprego e dólar mais estável”, complementa Nascimento Junior. “Além disso, o segmento portátil é o menos dependente de crédito no nosso setor e, portanto, reage mais rápido ao reaqueci-mento da economia”. Conforme observa, vários eletroportáteis com volumes de venda tolhidos pela crise desde 2015, acusaram reação entre janeiro e junho último, motivada principalmente pela reposição de estoques ou renovação dos produtos. “Destacam-se as cafeteiras, fritadeiras, ferros de passar, secadores de cabelo, sanduicheiras, ex-tratores de suco, tostadores, aspiradores e filtros d’água”, alinha o presidente da Eletros. Ainda nessa trilha, ele deixa patente que, mesmo com a a economia na bagaça, os fabricantes de eletroportáteis filiados à Eletros mantêm planos de lançamentos que tragam inovação e praticidade à vida dos consumidores. “É uma das apostas para estimular o segmento e ampliar a demanda por novos eletroportáteis”, atesta Nascimento Junior .A brasileira Mallory comprova esta postura. “Temos ido na contramão do mercado, pois, mesmo nos momentos recessivos mais complicados, tivemos crescimento em todas as categorias, devido à execução de uma estratégia com muita atenção ao produto, à marca e ao cliente”, argumenta Luis Sancho, diretor de produto da empresa. “No início do ano, o mercado previa expansão de forma generalizada, mas as expectativas vêm caindo e pendem para um movimento mais estável em relação a 2017. “Na Mallory, mantemos a crença num crescimento relevante, acima das projeções do mercado, embora a situação da economia dificulte a realização de resultados mais expressivos”. Linhas de cozinha, lar, ventilação e cuidados pessoais dão corpo à categoria de eletroportáteis da Mallory. Para Sancho, os produtos de ventilação têm sido os menos afetados. “No plano geral desse mercado, o aumento do custo de energia levou, no primeiro momento, a um consumo mais consciente e favorável ao uso de ventila-dores em detrimento do ar condicionado”, considera o diretor. A Mallory aproveitou essa mudança com uma renovação comple-ta da linha de ventiladores nos últimos anos. “Além de avanços estéticos e de inovação, os produtos foram contemplados com maior Está complicadoCâmbio e greve dos caminhoneiros baixam voltagem das expectativas de vendas de eletroportáteisEletroportáteis: encarecimento dos insumos comprimem as margens de lucro.Agosto/2018plásticos em revista7vazão de ar e eficiência energética classe A em todas as velocidades e modelos”, salienta Sancho.Outro reduto de portáteis da Mallory imune à economia à deriva, acrescenta Sancho, é o dos liquidificadores, alvo de renovação total este ano, turbinada também por modelos de maior valor agregado. “Além de liquidificadores e ventiladores, um dos produtos que mais cresceram em 2017 e assim seguem em 2018 é a família de frita-deiras por ar (airfryers), caracterizadas por um ticket superior ao habitual na categoria de eletroportáteis”,atesta o executivo.Mallory à parte, Sancho enxerga o mercado de eletroportáteis em dificuldades desde 2015, embora a maioria das linhas tenham retomado as vendas. “Alguns produ-tos de cozinha, como arrozeiras, hoje sofrem por terem se posicionado com preços muito baixos para manter as vendas, condições que se tornaram insustentáveis e o segmento não consegue acompanhar a recuperação no mesmo ritmo de outros portáteis”. No compartimento das cafeteiras, ele observa, a queda nas vendas totais foi compensada pelo crescimento em itens de maior valor agregado, caso de cafeteiras de cápsulas.Sancho tem a mesma visão do pre-sidente da Eletros sobre os fatores que aguaram as projeções iniciais para eletro-domésticos este ano. “Nossos produtos têm preço relativamente baixo e pouco peso, mas com volume bastante alto em proporção e daí estarmos sendo penalizados pela greve dos caminhoneiros, pois os custos de transporte subiram de forma descomunal”, lamenta o porta-voz da Mallory. Por seu turno, ele deixa claro, o câmbio atual causa uma enxaqueca daquelas nas indústrias de portáteis. “Boa parte dos produtos é impor-tada e, mesmo nos nacionalizados, muitos componentes são comprados em dólar no exterior”, expõe Sancho. Mesmo quanto a itens produzidos aqui, muitos deles são semi ou 100% dolarizados, ou seja, estão sujeitos à influência do câmbio”. Noves fora, ele amarra as pontas, a indústria de eletroportáteis arfa sob aumentos exorbi-tantes de custos e está duro repassá-los em sua totalidade ao consumidor. “Isso ocorre num quadro de margens exauridas nos últimos anos e põe o setor numa situação muito difícil”. A Mallory importa uma parcela da linha de portáteis e fabrica a maior parte das unidades vendidas. No âmbito da manufatu-ra local, a injeção interna de peças plásticas, por um efetivo projetado em 60 máquinas, é vista como fator estratégico. “Por razões de custo direto e indireto, decorrência da logística da terceirização de peças, e, em especial, para mantermos controle total sobre o processo”. Entre as mudanças recentes nas exigências da Mallory para peças plásticas de portáteis, Sancho chama a atenção para a evolução estética notada nos últimos anos. “Ela veio com os aprimoramentos na confecção de moldes de injeção e seus sistemas de refrigeração e extração, caso do uso de aço de alta qualidade, acaba-mentos superficiais específicos e de maior dureza para algumas peças, polimentos muito delicados e frequentes e controle mais apurado das temperaturas e ciclos de injeção”. Em complemento, ele frisa, a Mallory tem investido na automação de processos, em robôs para extrair peças e em procedimentos para evitar riscos no manuseio delas. “Também implantamos hot stamping para grafismos e realizamos experimentos com masters e aditivos em busca de efeitos diferenciados nas peças injetadas”.Sancho: injeção interna de peças é condição estratégica.Mallory: vendas acima das estimativas do mercado.Nascimento Junior: retração não freia lançamentos de eletroportáteis.Next >