O toque de mestre

Por que a Clopay é a catedrática em filmes gofrados no Brasil
Clopay
Clopay: automação domina as etapas da produção.

Última palavra em filmes e laminados para descartáveis higiênicos, a Clopay Brasil credita esse cartão platinum à atualização e expansão de sua planta em Jundiaí (SP).Ela recebe por ano o equivalente a entre 5% e 6% do faturamento em aportes em modernização. Como resultado, a idade média das máquinas, incluindo quatro extrusoras cast, duas laminadoras por coextrusão e uma por hot-melt, é de oito anos. A empresa também esbanja exemplos de automação nas linhas. “Temos controle de recebimento por meio de código de barras, sistema shopfloor integrado ao consumo de matéria-prima e expedição, controle automático de gramatura e de espessura do material produzido, além de detecção de 100% dos defeitos impressos e furos realizada por meio câmeras de vídeo”, enumeram Alexandre Alonso, diretor de operações, e Caio Moreno, gerente de desenvolvimento de produto.
A unidade Jundiaí opera com capacidade instalada de 1.800 t/mês de filmes e laminados e funciona em quatro turnos produtivos. No total, a Clopay do Brasil consome 1.200 t/mês de resinas, mais 400 t/mês de nãotecido e filmes elásticos. Para fazer a fábrica girar, há 159 empregados na operação e 33 na administração.

Moreno e Alonso: metodologias Lean e 6 Sigma na gestão industrial.
Moreno e Alonso: metodologias Lean e 6 Sigma na gestão industrial.

Na selfie da planta, a etapa de embalagem pinta como a mais dependente de interferência humana no processo, eles constatam. “Devido à variedade de embalagens solicitadas pelos clientes, o processo manual é o que melhor nos atende. No entanto, temos planos para automação parcial da área”, encaixam. No cômputo geral, para 2015 e 2016 estão engatilhados investimentos em modernização e retrofit das máquinas para aprimorar a qualidade final e produtividade. “Também estamos verticalizando nosso parque logístico e planejando a expansão das edificações”, avisam os porta-vozes.
Para reciclar o conhecimento tecnológico do chão de fábrica, a subsidiária local da norte-americana Clopay colocou em prática o chamado Programa Geral de Treinamento baseado nas necessidades de cada departamento. “Possuímos um cronograma para que nossos colaboradores sejam treinados de forma constante”, informam os especialistas da transformadora. Além desse programa, a empresa promove intercâmbio cultural, operacional e tecnológico entre suas plantas europeias e norte-americanas. “Dessa forma, os empregados são atualizados sobre os novos conceitos e tecnologias incorporados”, eles acrescentam.
A Clopay compartilha a grande dificuldade da transformação de plásticos brasileira com relação à contratação de mão de obra qualificada e bem preparada. Por conta disso, projetos internos visam minimizar essas deficiências. “A área de treinamento, já no período de integração dos novos colaboradores, acompanha e supervisiona as atividades executadas por três semanas. Só depois o pessoal contratado pode exercer suas funções nas linhas de produção”, assinalam Alonso e Moreno. Segundo eles, esse sistema garante melhor transferência de conhecimento nas tarefas diárias do chão de fábrica.
Para gestão industrial, o Clopay implantou um programa global de excelência visando melhoria contínua. “Treinamos e seguimos metodologias Lean e 6 Sigma”, ilustram o diretor e o gerente da empresa. Nos diversos níveis da organização, a transformadora forma profissionais white, yellow, green, black e master black belt, de acordo com 6 Sigma, para condução de projetos de diminuição de gastos no processo produtivo, melhoria de eficiências e das operações das máquinas. “Promovemos ainda aprimoramentos no setup e redução de despesas de manutenção”, complementam Alonso e Moreno. •

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